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Ovo é um alimento isento de gordura trans e rico em ômega 3

Alimento é a proteína animal mais completa e barata, atendendo as necessidades de adultos e crianças, trazendo benefícios a toda saúde do corpo.

Redação (17/03/2009)- Também chamada gordura hidrogenada, a gordura trans pertence à categoria das gorduras saturadas. É a mais perigosa de todas, pois ataca em duas frentes: além de aumentar o colesterol ruim (LDL), reduz o bom (HDL). O ômega 3 é essencial para o desenvolvimento e bom funcionamento do cérebro, dos nervos, da retina e de todos os órgãos sensoriais.

O ovo é um dos poucos alimentos que é isento de gordura trans – tipo específico de gordura formada por um processo de hidrogenação natural ou industrial que transforma óleos líquidos em gordura sólida a temperatura ambiente -, e rico em ômega 3 – ácidos graxos conhecidos por serem componentes fundamentais da membrana das células cerebrais e da mielina que reveste as fibras nervosas.

Os ácidos graxos ômega-3 são um tipo de gordura poliinsaturada sem os quais nosso organismo não funciona adequadamente. Por essa razão, este ácido graxo é chamado de “essencial” e deve ser incluído na dieta alimentar. A ingestão do ômega-3 auxilia a diminuir os níveis de gordura no sangue (triglicérides), previne a formação de placas de aterosclerose responsáveis pelo entupimento progressivo das artérias e asseguram uma maior elasticidade das paredes dos vasos sangüíneos.

Segundo professor Cícero Galli Coimbra, do departamento de neurologia da Universidade Federal de São Paulo, os ácidos graxos ômega 3 são utilizados pelo organismo humano para a produção de diversas substâncias protetoras recentemente descobertas, e que têm o objetivo de prevenir a ocorrência de doenças crônicas inflamatórias.
Crianças portadoras de hiperatividade e deficiência de atenção têm tido o seu comportamento e aproveitamento escolar normalizados com a suplementação de ácidos graxos ômega-3. Efeito benéfico similar tem sido obtido no tratamento de pacientes portadores de esclerose múltipla, Parkinson, depressão, distúrbio bipolar e esquizofrenia. Estabelece-se assim, progressivamente a convicção de que o aumento da incidência desses distúrbios tem sido promovida, entre outros fatores, pelo progressivo desaparecimento dos ácidos graxos ômega-3 da dieta ocidental. Comenta dr. Cícero.

Ovos podem ser ainda mais enriquecidos com ômega-3 através da suplementação às aves do precursor dos ácidos graxos ômega-3: o ALA ( ácido alfa linolênico), contido na semente de linhaça. A ave consegue então produzir os ácidos ômega-3 mais nobres – o EPA ( ácido eicosapentaenóico) e o DHA ( ácido docosahexa enóico), o que o organismo humano não consegue ou tem extrema dificuldade.

As gemas produzidas mediante essa suplementação são reconhecidas pela sua coloração alaranjada forte, contrastando com o amarelo esmaecido das gemas com menor conteúdo de ômega 4. Para melhor aproveitamento nutricional a gema dever ser consumida ainda mole ou preferencialmente ainda líquida ( portanto não completamente cozida), ao passo que a clara deve atingir o nível de cozimento que a deixa com coloração branca.

Segundo a doutora em ciências de alimentos pela Unicamp, Lireny Guaraldo Gonçalves , o ovo é a proteína animal mais completa e barata. “Atende às necessidades de adultos e crianças, trazendo benefícios a toda saúde do corpo. Contém proteínas, vitaminas e minerais, ácidos graxos saturados e insaturados, recomendado como alimento para uma dieta variada e equilibrada”.

Estudos mostram que o excesso de gordura trans favorece o acúmulo de gordura visceral, que é a gordura armazenada entre as vísceras ou órgãos do corpo, causando obesidade do tipo andróide. O ovo, diferentemente de outros alimentos, não contém essa gordura e é rico em nutrientes essenciais ao organismo sendo o alimento de menor valor calórico com relação a outras fontes protéicas.

Vale lembrar que a gordura trans está presente em alimentos industrializados, como sorvetes, biscoitos, empanados, pratos congelados, margarinas, etc. E para que os consumidores saibam o que contém nestes mantimentos, é obrigatório conter informações de gordura trans nas embalagens.

Rótulo transparente:
Desde 31 de julho passado, todo alimento industrializado deve trazer obrigatoriamente no rótulo a quantidade de gordura trans contida numa porção. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o consumo de trans não ultrapasse 1% do total de calorias ingeridas diariamente na forma de qualquer tipo de gordura.

Assim, numa dieta de 2 mil calorias, o ideal é consumir, no máximo, 200 gramas de gorduras. De trans, só 2 gramas. Calcule-se um único biscoito doce tem 0,5 grama de gordura trans, você só deve comer quatro ao dia, no máximo – nem mais um pedacinho de nada que contenha esse tipo de gordura. E dê-se por feliz, pois alguns médicos proíbem terminantemente o consumo de qualquer quantidade de trans.