Redação AI (20/07/07) – Em julho de 2006, o mercado pagava ao produtor, em média, R$ 24 pela caixa (de 30 dúzias). No campo, a alta nas cotações anima os produtores, mas ainda não atingiu as expectativas do setor, que já chegou a negociar a caixa a R$ 50. ””Realmente o preço do ovo está bem melhor comparado ao ano passado. Mas ainda está aquém do que chegou em 2005””, diz o diretor técnico da Associação Paulista de Avicultura (APA), José Roberto Bottura.
Ele acredita que depois da fase de preços defasados, o setor produtivo está se ajustando, por isso a melhora nas cotações. ””Muitos produtores não conseguiram resistir e acabaram deixando a atividade e, com isso, o mercado se estabilizou. Com menor oferta, a tendência é o preço subir.””
Em Bastos (SP), conhecida como a capital do ovo (abriga 15% do plantel de postura brasileiro), o momento é de otimismo, embora por enquanto os avicultores estejam apenas repondo prejuízos. ””A despesa dos criadores tem sido maior do que a renda, tanto que muitas granjas fecharam. Então, este primeiro momento é de recuperação de estoque de ração, de capital de giro””, analisa o presidente do Sindicato Rural de Bastos, Shigeyuki Toyoshima.
Além da reação das cotações, Toyoshima diz que outra boa notícia é a estabilização do preço da matéria-prima para ração, principalmente o milho e o farelo de soja. ””A valorização do real está mantendo o valor mais baixo do que prevíamos. Isso também contribui para melhorar a rentabilidade do avicultor neste momento.””