Redação AI 16/02/2004 – 16h25 – O preço do ovo no País, que no início de fevereiro subiu, em média, 25% em relação aos preços praticados em janeiro deste ano, deve continuar com firme tendência de alta até abril, segundo estimativa da Associação Paulista de Avicultura (APA). De acordo com a associação, a alta no preço do ovo deu-se em consequência das chuvas, que diminuiu a oferta de hortifrutis; majorações das cotações de carne bovina, frango, peixe, do óleo de soja; e o reflexo da nova alíquota do COFINS nos custos de produção.
Os avicultores alegam que o aumento de 25% já praticado é insuficiente para recuperar o aumento dos custos de produção de 2004 e os prejuízos de 2003, quando trabalharam no vermelho.
“O setor está tentando recuperar perdas do ano passado e aumento de custos deste ano. Não vejo outra tendência do mercado a não ser a de elevação de preços”, prevê José Carlos Teixeira da Silva, diretor da APA.
A caixa de 30 dúzias de ovo branco extra estava cotada na semana passada em R$ 33,50 contra R$ 27,00 pagos nos primeiros sete dias de janeiro. A alta no preço do ovo foi mais expressiva na última semana de janeiro, recuperando as sucessivas quedas de cotação ocorridas nas três primeiras semanas.
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O Procon/Dieese registrou o preço de R$ 2,10 por dúzia de ovos brancos ao consumidor em São Paulo, no dia 30 de janeiro último, com variação de menos 4,11% em relação ao mês anterior.
Mesmo diante destes aumentos, os produtores não estão totalmente satisfeitos. Para eles, o ideal seria que o preço da caixa do branco extra estivesse a pelo menos R$ 40,00, já que, 80% dos granjeiros ainda trabalham com sistemas manuais e de custo mais elevado.
Os preços atuais ainda estão longe dos picos obtidos no ano passado. Em abril de 2003, a caixa atingiu R$ 47,00. A média do ano de 2003 sempre considerando a caixa de 30 dúzias do branco tipo extra, foi de R$ 35,85, cerca de 44% acima do ano anterior.
O diretor da APA acredita que o preço do ovo deve se manter firme, com tendência de alta, durante as próximas semanas, em razão da oferta ajustada à demanda. Ele aposta num aumento do consumo, mesmo sabendo que o brasileiro consome pouco ovo – cerca de 92 unidades por habitante/ano, incluindo o consumo indireto (doces, bolos, etc).
