Na última semana de outubro, os preços dos ovos apresentaram uma queda significativa, o que pode ser atribuído à menor procura, uma característica típica deste período do mês. No entanto, ao fazer uma análise mensal, a média ainda se mantém superior à de setembro de 2023. Essa situação tem sua origem na menor oferta de ovos observada durante a primeira quinzena do mês de outubro.
Conforme relatado por colaboradores consultados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), essa reação no mercado de ovos é resultado direto da escassez do produto, causada pela onda de calor que afetou boa parte das regiões produtoras em setembro. O aumento da temperatura resultou na mortalidade de aves, o que, por sua vez, reduziu a disponibilidade de ovos no início do mês de outubro.
Esse cenário de escassez impulsionou as cotações da proteína em praticamente todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Em Bastos, no estado de São Paulo, por exemplo, o preço do ovo branco tipo extra, a ser retirado diretamente na granja (FOB), registrou uma alta de 3,4% de setembro para outubro, atingindo uma média de R$ 145,39 por caixa no último mês. No caso dos ovos vermelhos negociados na mesma região, a valorização foi de 3,2%, com uma média de R$ 163,97 por caixa em outubro.
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Dessa forma, a oscilação dos preços dos ovos, influenciada pela sazonalidade e pelas condições climáticas, mostra como o mercado é sensível a fatores externos e como a oferta e a demanda desempenham um papel fundamental na determinação dos valores dessa proteína no mercado. Os produtores e consumidores continuam acompanhando de perto essas flutuações à medida que a indústria se adapta às condições do momento.
