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Produção de ovo em pó pode dobrar

A estimativa do setor é elevar essa participação para 12%, com a inclusão do produto na merenda escolar brasileira.

Redação AI 15/01/2003 – Para que o ovo em pó seja incluído na merenda escolar é necessário que todos os municípios brasileiros adotem a medida, pois as licitações são feitas de forma individual pelas mais de cinco mil prefeituras.

A Kayatonas, que processa ovos no estado de São Paulo, integra o grupo das potenciais beneficiadas com a possível adição da versão em pó na merenda escolar. A empresa possui 17 milhões de aves alojadas, que produzem aproximadamente 21 mil caixas de 30 dúzias por dia. Além da versão em pó, a Kayatonas também produz ovo pausterizado integral, gema e clara pausterizadas congeladas, ovo inteiro, gema e clara desidratados congelados, além da versão líquida. No entanto, caso a idéia da adoção do ovo em pó na merenda escolar vingue, seria necessário construir pelo menos mais três fábricas detentoras da tecnologia de liofilização em Pernambuco, Ceará e Amazonas, segundo o diretor da divisão de ovos da Associação Paulista de Avicultura (Apa), Alfredo Kayatonas. Ainda segundo o executivo, produtores de ovos da região Sul já se comprometeram com lideranças do setor para a construção de uma unidade em um dos estados daquela região. As fábricas construídas para a atividade serão responsáveis pelo abastecimento das escolas daquela região.

Atualmente, a produção de ovo em pó está concentrada na região Sudeste, sendo o estado de São Paulo o maior produtor, com quatro fábricas, além de uma unidade em Minas Gerais. Segundo Kayatonas, apesar de a versão em pó ser mais cara que o ovo inteiro, o custobenefício cobre a diferença de preço. Um quilo do produto em pó custa em média R$ 12, já uma dúzia de ovos custa no máximo R$ 2,40. O ganho, segundo o executivo, é obtido com a redução das perdas durante o transporte e armazenagem, onde boa parte dos ovos é perdida. Além disso, a durabilidade também é superior, pois o ovo em pó possui prazo de validade de seis meses a um ano. A inclusão na dieta dos alunos ajudaria a ampliar o consumo de ovos no Brasil, considerado muito baixo quando confrontado à média de outros países. Hoje, o consumo per capita nacional é de 90 unidades/ano, ante as 160 unidades/ano consumidas na Europa, Paralelamente à questão da merenda escolar, o setor reclama uma política mais ativa que atue diretamente na avicultura, criando ferramentas para que o País, além de ampliar as exportações de aves, abra espaço para o aumento das vendas externas de ovos industrializados.