Redação (26/05/06) – No lugar das rações normalmente utilizadas nas granjas, eles optaram pelo milho das lavouras e farelo de soja e minerais. A criação dos frangos soltos nas pastagens ou nas lavouras de milho após a colheita são outros fatores que diferenciam a criação.
– A carne tem mais consistência e é mais saborosa. Como são criados soltos, os frangos orgânicos têm um organismo mais resistente que os confinados em granjas – observa Lucas Schimidt, 40 anos, um dos oito criadores.
A produção mensal fica em torno de 1,2 mil frangos que são encaminhados para um abatedouro organizado pelos próprios agricultores. Desde o início da atividade, os frangos sempre permaneceram como uma segunda alternativa de renda e por isso não tomam o tempo integral dos produtores nem exigem gastos altos com funcionários.
– Após as colheitas da cana-de-açúcar ou milho, as galinhas são transferidos para as roças e esse manejo resulta em dois benefícios: os animais se alimentam dos restos da produção e ainda estercam o terreno para a próxima safra – ressalta Schimidt.
Escolas e creches utilizam na merenda
O frango orgânico demora até 85 dias para ser abatido, 45 dias a mais que o frango de granja. Por causa da pouca oferta do milho orgânico o valor da produção sofreu um aumento recente e o quilo dos frangos abatidos chegam a custar até R$ 5,40 para os comerciantes.
Por enquanto, supermercados dos municípios da região são os maiores clientes dos agricultores de Santa Rosa de Lima. Algumas prefeituras também compram o produto para utilizar na merenda de escolas e creches.