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Agroenergia pode fortalecer o sistema de produção agrícola gaúcho

<p>A afirmação foi nesta terça-feira (4) , durante a abertura do Simpósio Estadual de Agroenergia e 2a Reunião Técnica Anual de Agroenergia-RS.</p>

Redação (05/11/2008)- A importância do sistema produtivo com foco também na produção de biocombustíveis deverá alterar e alavancar o potencial das pequenas unidades rurais gaúchas, fortalecendo ainda mais a produção de alimentos. A afirmação foi nesta terça-feira(4) , durante a abertura do Simpósio Estadual de Agroenergia e 2ª Reunião Técnica Anual de Agroenergia-RS.

O evento é promovido pela Embrapa Clima Temperado, em parceria com a Emater/RS/Ascar, Fepagro e o Sistema Fiergs, até a próxima quinta-feira(6) , na sede da entidade.

O vice-presidente do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (Ciergs), Antônio Rosso destacou a importância de se buscar caminhos para o desenvolvimento. "A agroenergia é um dos segmentos que compõe a nova economia do Rio Grande do Sul que reúne setores de ponta voltados para o futuro de nosso Estado e do Brasil", concluiu.

A previsão de déficit energético e de aumento da demanda por biocombustíveis, combinadas com a atual crise financeira, também pautou o discurso do diretor-executivo da Embrapa, José Geraldo Eugênio de Franz. Segundo ele, o fato da produção de grãos ter saltado de 78 milhões de toneladas para 143,9 milhões de toneladas, em dez anos, salvou o país do caos e da inadimplência.

"O agronegócio tem sustentado a economia nacional. Nos próximos dez anos temos o dever de atingir 300 milhões de toneladas de grãos, em prol da economia, do meio ambiente e do desenvolvimento social do Brasil. O mundo necessita que alguém produza alimentos", afirmou. "O Estado precisa ocupar este espaço", complementou o presidente da Emater/RS/Ascar, Mário Augusto Ribas.

Já o diretor-presidente da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), Benami Bacaltchuk, destacou a necessidade de maior atenção do Rio Grande do Sul em relação ao processamento da cana-de-açúcar para ampliar o uso na indústria.

Segundo o Secretário de Ciência e Tecnologia do Estado, Artur Lorentz, grandes grupos estrangeiros estão investindo na energia térmica a partir do bagaço da cana no país. Também anunciou que está estruturando o Programa Estadual de Biogás, pioneiro no país, que pretende transformar dejetos de suínos em gás biometano.