Da Redação 25/11/2005 – A Embrapa e o laboratório brasiliense Sabin, tradicional no setor de análises clínicas, fecharam parceria para atuar no setor de alimentos. Juntas, as empresas inauguram no dia 28 uma unidade destinada à análise de resíduos de nitrofurano e micotoxinas em alimentos e produtos agropecuários para exportação.
É a primeira vez que as duas empresas iniciam atividades na área de análise de resíduos. Atualmente, os laboratórios Galeno Research (de Campinas) e o Analytical Solutinos (do Rio de Janeiro) são habilitados pelo Ministério da Agricultura para certificar os produtos voltados ao mercado externo.
Sandra Santana, sócia do Sabin, diz que já havia percebido a existência de uma demanda por serviços de análises de resíduos e certificação de produtos no Centro-Oeste, mas a empresa não tinha tecnologia para atender o setor. “O potencial de negócios é maior do que a área em que o Sabin atua no setor de análises clínicas, mas não é possível precisar o volume de análises a serem atendidas.” Fundado há 21 anos, o Sabin possui 35 unidades no Distrito Federal e fatura cerca de R$ 30 milhões.
Em 2004, quando assinou o contrato de cooperação com a Embrapa, o laboratório criou a divisão Sabin Biotech para atender à área agroalimentar. A primeira unidade da divisão, em Brasília, foi instalada com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal e será inaugurada segunda-feira.
A Sabin Biotech também está investindo entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões na instalação de uma segunda unidade, que funcionará em Brasília e entrará em operação na primeira semana de janeiro.
Pelo acordo firmado, a Embrapa fornecerá tecnologia desenvolvida no Brasil para a realização dos exames. Carlos Bloch, pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos, diz que a estatal criou moléculas para a detecção de micotoxinas e deve disponibilizar novas tecnologias para testes no ano que vem. A estatal também pretende fechar outras parcerias público-privadas (PPP) com laboratórios para expandir suas operações.