Redação (07/03/07) – A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) comemora hoje (6) seus 40 anos de criação com o lançamento da 10a edição do Prêmio Finep de Inovação Tecnológica.
"Todo o conceito de engenheirar a produção agrícola e fazer do agronegócio capaz de intimidar gigantes da agricultura tradicional só nos habilita a dizer que somos bons, sim, graças à tecnologia apropriada e ao uso intensivo da inovação tecnológica", destaca Ganem. "O suíno que eu comia quando jovem era tipo banha. Hoje, é tipo carne.
Cerca de 50% do suíno era basicamente gordura. Hoje, você tem suínos que são mais saudáveis do que boas carnes e serve para dar às crianças. No caso do milho, você trabalhar com o milho que chega sadio a hora do plantio e sai sadio na hora da colheita. Isso é tecnologia."
O superintendente da Finep defende que sem inovar o Brasil não terá empresas capazes de competir em determinados setores. Entre eles o têxtil, de confecções e de calçados, nos quais a concorrência enfrentada pelo Brasil é cada vez mais acirrada. Ganem também chama a atenção para a indústria de serviços de tecnologia de informação (TI) e telecomunicações. "Se o Brasil não se preparar para entrar no mercado com chips e semicondutores, de maneira a poder enfrentar a concorrência desenfreada da importação, você não marca gol", alerta.
"Você assenta uma nova tecnologia de base de TI e não gera um mercado produtor de partes, peças, componentes e integradores, que são essenciais para o negócio das telecomunicações, da TV Digital e de tudo que vem embarcado nisso." O superintendente da Finep acredita que a inovação tecnológica deve ser usada como ferramenta para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Como Agência Brasileira da Inovação, Ganem disse que a Finep está fazendo dessa ferramenta um caminho que leve a avanços nas áreas de serviços, produtos, processos de empresas e instituições voltadas para a ciência e a tecnologia.
Quando foi criado, em 1998, restrito então à região Sul brasileira, o Prêmio Finep recebeu 25 inscrições de novos produtos e processos inovadores na área tecnológica. A partir de 2000, a premiação ganhou abrangência nacional e contou com 279 participantes.
Em 2006, o número se inscrições se aproximou de 700, que concorreram às seis categorias: produto e processo, pequena empresa, média e grande empresa, inovação social, instituição de ciência e tecnologia e invento inovador. Com informações da Agência Brasil. (AB)