Redação (19/03/2009) – O Brasil aumentará sua produção de etanol em 150% até 2017 e se consolidará como o principal exportador mundial desse biocombustível, superando os Estados Unidos, indicou nesta quinta-feira (19) o ministro brasileiro de Minas e Energia, Edison Lobão, em Viena.
"A produção brasileira de etanol crescerá 150%, passando de 25 bilhões de litros em 2008 a 64 bilhões de litros em 2017", afirmou Lobão em um seminário sobre energia organizado em Viena pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
"Em 2017, o Brasil pretende exportar 8 bilhões de litros de etanol, contra 5 bilhões em 2008, consolidando-se como o maior exportador de etanol do mundo", acrescentou.
Entre 2008 e 2017, Brasil visa a investimentos de energia no montante de 352 bilhões de dólares: 146 bilhões na área de petróleo e gás natural, 83 bilhões em energia elétrica e 23 bilhões em biocombustíveis, afirmou ainda.
O ministro defendeu a produção de biocombustíveis em seu país e insistiu que isso não coloca em perigo a segurança alimentar.
"A quantidade de terra utilizada para cultivar a cana-de-açúcar é de 0,8% da área total do país, ou menos de 2% de sua área cultivada. A produção de etanol do Brasil está longe de competir com a produção de alimentos", assegurou.
O Brasil conseguiu em fevereiro elevar sua produção de petróleo a 2,25 milhões de barris diários e deseja aumentar sua oferta a 3,5 milhões de b/d para se converter num exportador de petróleo, recordou Lobão.
"Em fevereiro, conseguimos produzir 2,25 milhões de barris diariamente, mas consumimos tudo o que produzimos. O país quer se converter num exportador de petróleo e derivados, o que o fará passar de uma produção de 2,25 milhões b/d para um volume superior a 3,5 milhões de b/d", indicou.