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Carne de melhor qualidade

Estudo realizado pelo IRTA mostra alternativas para reduzir o estresse do suíno na hora do abate, resultando em melhor qualidade da carne.

Carne de melhor qualidade

Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa e Tecnologia (IRTA), na Espanha, mostrou o que é possível fazer para minimizar o estresse de suínos para abate e, com isso, melhorar a qualidade da carne através de três diferentes trabalhos experimentais.

Como primeiro passo, foi analisado um grupo 72 animais em condições de estresse mínimo, estudando o efeito do jejum em suínos para evitar tonturas durante o transporte da granja ao matadouro. Além de comprovar que o nervosismo dos animais aumenta durante a espera do abate, o estudo mostrou que “a carne perde muito líquido, se o período entre o início do jejum ao sacrifício do animal é de 12 horas”, explica Nuria Panella, responsável pela pesquisa.

No entanto, se o tempo é estendido até 24 horas observa-se que a carne tem melhores características do ponto de vista tecnológico e, portanto, “têm melhor capacidade de retenção de água e é adequada para ser comercializada como carne fresca”. Isto permite uma carne mais suculenta do que aquelas obtidas a partir de condições típicas de comercialização, de modo que este método pode reduzir o sangramento, fator que influencia muito a qualidade final da carne suína.

Além disso, com o objetivo de reduzir o estresse do suíno, também analisou-se o efeito do magnésio e triptofano [aminoácido envolvido na regulação do sono e do prazer] em um grupo de 61 e 69 animais respectivamente. No primeiro caso, o grupo foi submetido a um nível de estresse mínimol, enquanto no último condições estavam mais próximas às comerciais.

De acordo com resultados da investigação, incluindo estas substâncias em alimentos em cinco dias antes do abate, os suínos sofrem menos estresse no transporte para o matadouro e, conseqüentemente, houve melhoria da qualidade de carne.

Panella salienta, no entanto, que “esta pesquisa necessita ainda de uma experiência real, dentro de uma produção comercial de suínos, para então poder apresentar as suas descobertas para o mercado”. Com informações da IRTA.