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Energia alternativa

Gerador é uma opção para garantir produção no campo. Na suinocultura, as tecnologias estão cada vez mais avançadas.

Energia alternativa

Assim como nos centros urbanos, nas localidades do interior é preciso energia elétrica para garantir a produção, assegurar a saúde dos animais e a qualidade das plantas. Em época de instabilidade do setor elétrico e atividades climáticas atípicas, os produtores rurais não precisam confiar sua atividade apenas à energia que chega pelos fios. Uma boa alternativa é o uso de geradores.

Em cada segmento da produção rural, o gerador tem uma melhor forma de ser empregado. Na agricultura, é ideal para ser utilizado na olericultura. Interrupções de energia ao longo do crescimento das plantas podem ocasionar prejuízos, principalmente morte das raízes e hortaliças. Na conservação de frangos, a energia constante é fundamental, principalmente porque a falta de ventilação e refrigeração pode ocasionar a morte de aves. Para criadores de outros animais que optam em manter as vacinas guardadas na propriedade, a falta de energia pode causar modificações no pH e e desnaturação da fórmula.

A utilização de geradores também pode ser útil na produção leiteira, sobretudo nas ordenhadeiras mecânicas. Esses equipamentos tiram o leite das vacas em menos tempo e oferecem segurança ao animal por não causar danos ao tecido das glândulas mamárias. Na suinocultura, as tecnologias estão cada vez mais avançadas e a maioria dos equipamentos também precisa de eletricidade para funcionar.

No cultivo de plantas ornamentais, a ausência de energia pode ser extremamente prejudicial. Os principais equipamentos de manutenção de temperatura e irrigação nas estufas funcionam à base de eletricidade. Em caso de pane, todo o procedimento de cultivo pode se perder. Na hidroponia, técnica responsável por cultivar plantas sem solo, as plantas recebem uma solução nutritiva balanceada com água e minerais. A falta de energia elétrica provoca falha no instrumento responsável pela circulação desse componente em todo o sistema produtivo e afeta o crescimento das plantas.

Na prática

Em Linha Dona Josefa, no interior de Vera Cruz, os vizinhos Jorge Loebens e Delvani Zanette adquiriram um gerador em sociedade há dois anos. Produtores de leite, eles compraram o equipamento para prevenir possível prejuízos. Segundo contam, houve uma época em que eram constantes as quedas de energia na localidade, o que ameaçava o trabalho.

O gerador de 10 KVA de potência é movido por um trator, através do eixo cardan. O investimento foi de R$ 3,9 mil para cada produtor, mas os custos se pagam nas horas de mais necessidade. A esposa de Zanette, Gertrudes, conta que eles já chegaram a ficar 36 horas sem luz. Na época, o casal ordenhou manualmente 13 vacas em duas horas. “No final, não sabia se chorava de alegria ou de dor nos braços”, lembra.

Conforme explica Loebens, que também é médico veterinário, na rotina da produção leiteira é fundamental a garantia de energia elétrica. “A ordenha tem que ser feita em sua rotina normal para não causar problemas na saúde dos úberes das vacas”, destaca. Além das ordenhadeiras, os resfriadores também precisam garantia de eletricidade, para conservar o leite e manter suas propriedades. “É um ótimo investimento, especialmente para ser feito em sociedade, o que viabiliza os custos”, conclui.