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Sanidade

Estudo apoia zona livre de peste suína clássica

Técnicos do Mapa, da Embrapa e veterinários se reuniram ao longo de um ano para traçar um plano de vigilância para suínos asselvajados.

Estudo apoia zona livre de peste suína clássica

Técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Embrapa e veterinários de serviços estaduais se reuniram ao longo de um ano com o objetivo de traçar um plano de vigilância para suínos asselvajados (cruzamento do javali europeu com o porco doméstico). Neste contexto, foi desenvolvido um plano de contingência da peste suína clássica nessas populações.
Em janeiro de 2013 o IBAMA liberou o abate para controle populacional desses animais, e o grupo trabalhou numa proposta para normatização para trânsito de carcaça de animais abatidos, que ainda será discutida com outros setores do Mapa.

O resultado do trabalho foi apresentado nesta sexta-feira (18) na Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa, e segundo a coordenadora geral de Combate às Doenças, Denise Euclydes, o estudo subsidiará o pleito a ser apresentado ainda este ano à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), buscando o reconhecimento internacional dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina como zona livre de peste suína clássica.

“Com este trabalho apresentado pelos colegas teremos condições de mostrar para OIE que nós conhecemos a dinâmica dessa população de javalis e que possuímos um sistema de vigilância eficaz, de modo que se houver um episódio da doença nessa população, não colocará em risco a população suína comercial, pois estaremos preparados para atuar rapidamente”, destaca.

A veterinária e pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves, Virgínia Santiago Silva, comentou que o trabalho realizado pela equipe foi muito produtivo. “Foi um grande desafio, mas atuamos com um grupo comprometido e capacitado para garantir hoje que a situação sanitária do Brasil se torne mais consistente com os procedimentos adotados”, afirma.

Javali europeu

É uma das mais conhecidas espécies de porcos selvagens e um animal exótico à fauna brasileira. Foi introduzido no país para exploração comercial, mas não se desenvolveu, resultando na soltura dos animais, que nos ambientes naturais tornaram-se asselvajados.

Estes animais ao cruzarem com o suíno doméstico se disseminam pelo território nacional e em vida livre são considerados nocivos às espécies silvestres nativas, ao meio ambiente, à agricultura e à pecuária. São animais de grandes dimensões, podendo o macho pesar entre 130 e 250 kg e as fêmeas entre 80 e 130 kg. Medem entre 125 e 180 centímetros de comprimento.