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Estudo confirma que agricultura transgênica beneficia meio ambiente no Brasil

O Brasil é o terceiro produtor mundial de transgênicos, com um total de 15 milhões de hectares plantados em 2007.

Redação (09/02/2009)-  Os benefícios socioambientais e econômicos das lavouras transgênicas brasileiras de soja, algodão e milho foram avaliados pela Consultoria Céleres para a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), em 2008, e confirmaram os resultados positivos apontados em estudo de 2007, com exceção do milho, uma vez que este não tinha sido avaliado em 2007. As informações foram apresentadas à imprensa na quinta-feira, dia 5 de fevereiro, em São Paulo, pelo presidente da Abrasem, Ywao Miyamoto.

Para Miyamoto, é muito importante para a Abrasem acompanhar o desempenho dos transgênicos, uma vez que essa tecnologia está inserida nas sementes, o patamar inicial do agronegócio brasileiro. "Tais estudos ajudam os agricultores a avaliar se estão tendo algum benefício ou não. É importante que eles também observem os benefícios ambientais porque são esses que garantem a sustentabilidade dos benefícios econômicos", acrescentou. De acordo com a bióloga Paula Carneiro, diretora da Céleres Ambiental e coordenadora dos aspectos socioambientais do estudo, a agricultura brasileira também está se beneficiando das mesmas vantagens socioambientais observadas nos demais países que adotaram a biotecnologia agrícola há mais tempo.

Em 2007, em todo o mundo, cerca de 12 milhões de agricultores (11 milhões de pequeno porte) plantaram 114,3 milhões de hectares de cultivos transgênicos. O Brasil é o terceiro produtor mundial de transgênicos, com um total de 15 milhões de hectares plantados em 2007, dos quais 14,5 milhões de hectares com soja e 500 mil hectares com algodão. O milho transgênico só começou a ser plantado no segundo semestre de 2008, seguindo a aprovação governamental.

A metodologia do estudo teve duas etapas, de acordo com o diretor da Céleres, Anderson Galvão, responsável pelo levantamento dos aspectos econômicos do estudo. Na primeira etapa, segundo ele, houve uma revisão detalhada da literatura científica, assim como foram feitas entrevistas em empresas de assistência técnica estabelecidas nas regiões pesquisadas. Já na segunda etapa, foram realizadas entrevistas in loco com 370 agricultores distribuídos em nove estados brasileiros, com relevância nas três culturas pesquisadas.