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Estudo do BNDES reforça compatibilidade entre produção de etanol e alimentos

<p>Obra destaca o biocombustível feito a partir da cana-de-açúcar e está dirigida aos formadores de opinião do mundo todo.</p>

Redação (18/11/2008) – A afirmativa de que não existe conflito entre a produção de etanol e a de alimentos ganhou mais um reforço, nesta terça-feira (18). Essa é a conclusão do estudo Bioetanol de cana-de-açúcar – Energia para o desenvolvimento sustentável, lançado durante a Conferência Internacional sobre Biocombustíveis. A publicação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) foi elaborada em parceria com a Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).

          Em entrevista coletiva, o gerente de biocombustíveis do BNDES, Paulo Faveret, destacou que a obra trata exclusivamente sobre o biocombustível feito a partir da cana-de-açúcar e está dirigida aos formadores de opinião do mundo todo. O estudo, realizado a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, objetiva compartilhar a experiência nacional do etanol, especialmente com os países em desenvolvimento localizados nas zonas tropicais e subtropicais.

      Análise pendente – “Faltava uma análise sobre o etanol, que é o grande combustível do continente americano”, afirmou o representante regional da FAO para a América Latina e Caribe, José Graziano da Silva. “Este documento consolida o que já se sabe sobre o etanol e coloca as dúvidas que ainda precisam ser resolvidas”, comentou.

       Petróleo e biocombustíveis – Graziano observou, ainda, que os biocombustíveis não vão substituir o petróleo, mas são um importante aditivo e de excelente qualidade para essa matéria-prima fóssil. “O petróleo deve ser poupado para usos mais nobres, como a petroquímica, por exemplo”, enfatizou.

         A secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, reforçou a opinião de Graziano e defendeu a importância do etanol na agenda política internacional, principalmente no que se refere a seu impacto no meio ambiente. “O etanol produzido a partir da cana-de-açúcar é 7,5 vezes mais eficiente que aquele produzido a partir de milho e, reduz, ainda, até 1,2% das emissões de gás carbônico na atmosfera”, completou.

          O livro Bioetanol de cana-de-açúcar – Energia para o desenvolvimento sustentável pode ser encontrado no site www.bndes.gov.br.