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Feed Latina define seu estatuto

<p>O Sindrações recebeu em sua sede, no prédio da FIESP, em São Paulo, representantes dos países latino-americanos para discutir e aprovar o estatuto da nova associação.</p>

Redação (14/12/2007)- No último dia 7, mais um passo foi dado rumo à criação da Associação das Indústrias de Alimentação Animal da América Latina e Caribe (Feed Latina). O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) recebeu em sua sede, no prédio da FIESP, em São Paulo, representantes dos países latino-americanos para discutir e aprovar o estatuto da nova associação.

Na reunião, foram decididos detalhes do estatuto social da nova entidade, que já tem em seu quadro de associados representantes da Argentina, Costa Rica, Colômbia, Cuba, Guatemala, Brasil e México, países que detêm 85% da produção latino-americana, o equivalente a mais de 110 milhões de toneladas de alimentos para animais anualmente.

O objetivo da associação, que terá sede no escritório do Sindirações, é não só aproximar as entidades representativas dos diversos países, como também defender os interesses do segmento e das indústrias de alimentação animal da América Latina e Caribe, além de fomentar a criação de associações representativas em países que ainda não as dispõem.

“Queremos discutir assuntos comuns, como temas regulatórios, comerciais, isonomia, segurança alimentar e rastreabilidade. Temos interesse em exportar, mas precisamos trabalhar para quebrar as barreiras. Sem contar que nas discussões polarizadas entre Estados Unidos e Europa. A América Latina pode ter um papel de contrapeso nessa balança”, afirma o presidente do Sindirações, Mario Sergio Cutait.

Jorge O’Farrill Porto, diretor de produção da Unión de Empresas Combinado Avícola Nacional (Can) de Cuba, compartilha da mesma opinião. “A criação dessa nova associação é muito importante para o futuro do setor na América Latina e Caribe, pois essa união implica em maior força política para a região”, comenta. 

À exceção do primeiro mandato, com três anos, os membros dos cargos eletivos da entidade serão definidos a cada dois anos. Além do presidente, constituirão a direção da associação dois vice-presidentes – sendo um da América Central, Caribe ou México e outro da América do Sul –, um diretor tesoureiro, um diretor secretário, quatro membros da diretoria executiva e dois membros do Conselho Fiscal, Além disso, cada país representante contará com quatro conselheiros consultivos.

Pelo estatuto aprovado, não só associações, mas também empresas – o que dá mais força à associação – podem se filiar a Feed Latina. Cada país-membro terá direito a um voto, com o mesmo peso, seja a nação responsável por quase 50% da produção na América Latina, caso do Brasil, ou apenas por 1,6%, como ocorre com o Caribe. O direito a voto pertencerá à entidade representativa de cada país. 

“Os governos estabelecem regras internacionais que afetam as indústrias que, por sua vez, não participam dessas decisões. Com a Feed Latina, queremos colaborar na criação das normas”, diz o presidente do Conselho Nacional de Fabricantes de Alimentos Balanceados e de Nutrição Animal (CONAFAB) do México, Antonio Pedroza.

A aprovação das alterações promovidas nessa reunião e a definição de questões como a participação de “corporate members” e propostas para arrecadação de recursos serão definidas no próximo encontro do grupo, agendado para janeiro, em Atlanta (EUA).

Sobre o SINDIRAÇÕES

O SINDIRAÇÕES, Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal, foi fundado em 1953, e é hoje o principal representante da indústria brasileira de ingredientes, premix, suplementos e rações para animais. Com sede em São Paulo, no edifício da FIESP, a entidade reúne cerca de 150 associados – que representam mais de 80% do mercado comercial de produtos destinados à alimentação animal –, e tem como parceiros a ASBRAM, Associação Brasileira da Indústria de Suplementos Minerais, e a ANDIFÓS, Associação Nacional das Indústrias de Fosfato para Alimentação Animal.