Redação (28/07/06)- Considerada a última fronteira agrícola do país, o Tocantins avança agora em uma nova área: a da pesquisa. Começa a ser construído em setembro próximo, no município de Porto Nacional, um centro de pesquisa que visa o melhoramento de sementes de milho e soja, para a obtenção de um insumo mais resistente às condições de clima, temperatura e às variações de chuva das regiões temperadas.
O centro de pesquisa pertence ao Grupo Pionner, o primeiro e o maior do mundo em termos de produção de sementes híbridas, que atua em mais de 100 países. No Brasil, o centro de pesquisa do Tocantins será o 6 do grupo e ocupará uma área de 100 hectares, com investimentos de US$ 5 milhões.
Segundo o gerente-geral da Pionner no Brasil, Roberto De Rissi, o Estado agrega todas as condições favoráveis à produção das sementes. O Tocantins é estratégico porque reúne todas as condições para que nós façamos experiências no sentido de aumentar a eficiência de toda nossa pesquisa, não só em termos locais, mas também nacionais, avaliou. De Rissi disse também que, além de clima, temperatura e solo, o Estado oferece requisitos favoráveis ao escoamento da produção, o que irá garantir a futura expansão dos negócios da empresa.
Para o secretário da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Sahium, a instalação do grupo Pionner só traz benefícios para o Tocantins. Isso vai gerar um intercâmbio de pesquisa e tecnologia que vai elevar nossos índices de colheita e produtividade, que já são tão favoráveis, disse Sahium.
O prefeito de Porto Nacional, Paulo Mourão, lembrou que com este crescimento na produtividade por hectare plantado, o Tocantins poderá também continuar evoluindo também na redução do desmatamento.
Os detalhes para a instalação foram tratados nesta quinta-feira, 27, no Palácio Araguaia, em Palmas.