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Investimento em tecnologia ganha destaque no 9 Congresso de Agribusiness

<p>A criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foi citada como o grande divisor de águas.</p>

Redação (06/12/2007)- No segundo dia do 9º Congresso de Agribusiness da Sociedade Nacional de Agricultura, realizado na Confederação Nacional do Comércio, o investimento pesado em Ciência e Tecnologia  foi a condição mais importante na percepção dos debatedores. Representantes de instituições e de vários segmentos como carne, café, biodiesel (onde o Brasil tem posição de destaque), até orgânicos, em fase de consolidação e expansão, concordaram que as demandas são cada vez maiores e mais específicas. 

A criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) foi citada como o grande divisor de águas. Graças à pesquisa, o Brasil não só superou o risco de ser um grande importador de alimentos, como detém hoje tecnologia de ponta para diversos setores, mas corre o risco de perder espaço para Estados e Europa e até para países emergentes como China e Índia. ‘Só continuaremos na condição de competidores se houver um investimento maciço em tecnologia. Trabalhamos hoje com novos paradigmas como os transgênicos e a nanotecnologia’, afirmou o assessor da presidência da Embrapa e primeiro presidente da empresa, Eliseu de Andrade Alves.

Especialistas de Comércio Exterior do Japão/Coréia do Sul e Índia  defenderam  o aumento do intercâmbio científico entre os países, com o fortalecimento de parcerias e investimento nas relações bilaterais. 

‘O Brasil tem 57 milhões de hectares cultiváveis que podem passar para 100 milhões, sem incluir a área amazônica, mas para isso é preciso melhor infra-estrutura, principalmente, o setor de logística’, complementou o diretor presidente da SLC Agrícola, Arlindo Moura.  

Criação de políticas púbicas para incentivar produtores, aumentar acesso a financiamento, estímulo para orgânicos para atender demandas crescentes e criação de instrumentos adequados para certificações foram outras sugestões apresentadas. 

‘O Brasil é riquíssimo em recursos naturais, mas precisa de organização e planejamento. Na Índia, por exemplo, o governo paga pelas certificações para agricultores familiares. Precisamos estar atentos porque é cada vez maior a preocupação com a origem do produto. Este é um sistema de produção que é bem mais do que produzir sem agrotóxico porque incorpora conceitos como responsabilidade social e ambiental. Este é um diferencial cada vez mais valorizado pelo mercado de todos os países’, afirmou a diretora do Planeta Orgânico, Maria Beatriz Costa. 

O congresso reuniu mais de 30 especialistas no centro do Rio de Janeiro. Os participantes debateram, em seis painéis, temas como novos mercados, agroenergia, meio ambiente, fusões, abertura de capital, entre outros assuntos de interesse.