Redação (21/11/2007)- Representantes de Conselhos Regionais de Medicina Veterinária de diversos estados reuniram-se, hoje, com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, em Brasília. No encontro, foram discutidos a modernização do sistema de inspeção de produtos de origem animal, a atualização do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária Produtos de Origem Animal (Riispoa) e o novo papel dos responsáveis técnicos nas indústrias de alimentos.
Nas últimas semanas, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem anunciado medidas para aumentar a eficiência da fiscalização dos produtos de origem animal. Uma das principais mudanças é a substituição – onde couber – da figura do fiscal federal agropecuário de forma permanente nos estabelecimentos beneficiadores de alimentos por auditorias aleatórias e periódicas. Ainda está prevista maior responsabilidade dos responsáveis técnicos – função exercida por médicos veterinários – pela qualidade de matérias-primas recebidas e dos produtos finais vendidos pelas indústrias de alimentos.
Em documento entregue ao secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Inácio Afonso Kroetz, representantes do Conselho Regional de Medicina Veterinária dos estados de Goiás, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás, Bahia e Minas Gerais reconhecem que o novo modelo de fiscalização proposto pelo Mapa deverá atender às necessidades da fiscalização higiênico-sanitária no Brasil.
De acordo com o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia, Carlos Humberto, a modernização na fiscalização deve interferir de forma positiva na qualidade final dos produtos de origem animal produzidos no País. “Mas, para que as alterações sejam realmente efetivas, é preciso haver uma mudança de mentalidade tanto dos empresários quanto do setor público”, ponderou.
Para Humberto, a classe dos médicos veterinários também será beneficiada. “A figura do profissional será fortalecida, tanto perante o setor público quanto diante das empresas. Esses profissionais terão mais responsabilidade em relação à saúde pública”, avalia Humberto.