Redação (12/12/2007)- O suinocultor brasileiro sempre esteve com suas atenções focadas apenas na produção do suíno. Isto ele sempre fez com competência, se utilizando de tecnologias de ponta e aplicando conceitos modernos de produção. Uma prova disto é que os índices produtivos do Brasil podem ser comparados com o de países como os Estados Unidos e Canadá. Mesmo assim, a suinocultura atravessa momentos de crise, que tem se repetido em períodos mais curtos. Para o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), Rubens Valentini, o problema não é técnico nem de organização da produção, mas sim de mercado. “Nós produtores ficamos muito parados em relação a questões de comercialização da nossa carne”, aponta. “Nós nos preocupamos enormemente com a questão tecnológica, qualidade de produção e achamos que alguém tomaria conta do nosso produto uma vez ele saindo da granja. E isto não acontece”, reforça.
Diante deste novo desafio, a Gessulli Agribusiness vai promover dentro da AveSui América Latina 2008 um painel sobre Marketing e Varejo de Carnes. A temática também estava distante dos eventos do setor. Para o presidente da ABCS, a quase totalidade dos temas tratados em eventos da suinocultura sempre são de questões técnicas ou perspectivas de mercado. Nunca se discute o funcionamento do mercado e quais medidas adotar para se modificar uma situação. “Nada mais auspicioso do que ter um evento como a AveSui dedicando um de seus capítulos exatamente a esta questão e a colocando como um tema de importância dentro do seu seminário”, afirma o presidente da ABCS.
Entre os nomes que estão sendo cogitados para integrar este painel, está o de um representante do Grupo CBD (Companhia Brasileira de Distribuição), que tem os hipermercados Extra, Pão de Açúcar e Compre Bem. O grupo promoveu uma mudança em sua estrutura de compra e comercialização de carne suína. Uma das razões para esta mudança está nos resultados obtidos com a campanha “Um novo olhar sobre a carne suína”, promovida pela ABCS. No grupo CBD foi realizado o projeto piloto da campanha e houve um crescimento de 50,85% nas vendas de carne suína comparando 2005 e 2006.
Valentini explica que é necessário que o setor produtivo entenda o funcionamento do setor varejista, assim como os anseios do consumidor. Um produto que vende pouco no varejo, ele precisa ter uma margem de proteção. Por exemplo, se ele compra uma carcaça o que sai mais rapidamente é o lombo, costelinha e pernil. O restante encalha. Então, ele tem que colocar um preço alto para compensar o que demora mais a vender. Agora, quando o produto é oferecido em cortes definidos e em pequenas porções, o consumidor reponde positivamente. Uma pesquisa de 2004, publicada em 2005, apontou que 49% das pessoas preferem a carne suína sob o ponto de vista do sabor. “Se trabalharmos nas questões pontuais, estaremos criando uma demanda que vai se refletir no sistema produtivo, beneficiando toda a cadeia produtiva”, aponta Valentini.
O corte preciso – A AveSui América Latina 2008 ainda terá, também em parceria com a ABCS, um curso de cortes de carne suína. Ele será ministrado por um mestre açougueiro, que irá ensinar a realizar os cortes trabalhados dentro do programa “Um novo olhar sobre a carne suína”. No curso, ainda deve ser discutida as embalagens adequadas aos cortes. “O objetivo é difundir novas maneiras de apresentar a carne suína”, comenta Valentini. De acordo com o presidente da ABCS, embora não se vá discutir formas de preparo da carne, serão distribuídos receitas e sugestões para que os participantes possam prepará-las em casa.
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