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Pesquisa do IBGE mostra que rebanho suíno cresceu 3,3% no ano passado

<p>No que diz respeito às aves, a pesquisa revelou que o país tinha no final do ano passado 821,5 milhões de frangos, com crescimento de 1,1% sobre o ano anterior.</p>

Redação (11/12/2007)- Quarto maior produtor do mundo, o Brasil contabilizou no dia 31 de dezembro de 2006 um rebanho de 35,2 milhões de suínos, um aumento de 3,3% em relação a 2005. O dado é da Pesquisa Produção da Pecuária Municipal (PPM), divulgada hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

O engenheiro agrônomo Octávio Costa de Oliveira, responsável pela pesquisa, disse à Agência Brasil que conversou com a Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) para identificar a causa do aumento. “Eles não têm a facilidade que o pessoal da bovinocultura tem de manter o animal no campo e controlar seu crescimento”. Com o embargo da Rússia ao produto nacional por questões sanitárias, o mercado externo ficou um pouco fechado, informou Oliveira.

Ele afirmou que, em decorrência disso, a tendência é ter um excesso de oferta de suínos. “A tendência é de crescimento, mesmo com os produtores reclamando da rentabilidade”. Com a retomada do mercado externo, o efetivo pode ser reduzido, em função do aumento do abate, avaliou o gerente de Estatística da Pecuária do IBGE.

A maior parte do rebanho de suínos (45,4%) está na Região Sul. Por estados, Santa Catarina lidera o ranking nacional, com 20,4% dos animais. Uberlândia (MG) e Concórdia (SC) são os municípios que concentram o maior efetivo. Em 2005 e 2006, o rebanho suíno foi ampliado nessas cidades em 9,9% e 53,6% respectivamente. No mercado externo, o volume comercializado de suínos caiu 16,4% em 2006, em razão do embargo da Rússia.

No que diz respeito às aves, a pesquisa revelou que o país tinha no final do ano passado 821,5 milhões de frangos, com crescimento de 1,1% sobre o ano anterior. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de carne de frango. A Região Sul também reúne a maior parte do efetivo (49,9%), seguida do Sudeste (27,0%).

O principal estado produtor de aves do país é o Paraná, com 19,6% do total. As regiões Sul e Sudeste foram as únicas a apresentar aumento nos criatórios em 31 de dezembro de 2006. As taxas de crescimento atingiram 1,7% e 2,4%, com destaque para o Paraná (5,9%) e São Paulo (4,6%). O município com maior criação avícola no final do ano passado era Rio Verde (GO).

O IBGE registrou queda de 6,4% no volume de frango comercializado no exterior, acompanhando a retração do consumo mundial do produto gerada pela descoberta de focos da gripe aviária na Ásia, Europa e países da África.

A pesquisa também revelou que entre os animais de grande porte foram observadas quedas nos gados bubalino (búfalos) de 1,4%, eqüino (0,7%) e asinino (asnos) de 0,4%. O maior número de bubalinos em 31 de dezembro do ano passado foi registrado na região Norte, com ênfase no Pará. Os maiores efetivos de eqüinos estavam no Sudeste, segundo o IBGE. Minas Gerais e Bahia respondiam por mais de 25% do total. Por municípios, o rebanho de Corumbá (MS) foi o destaque na criação de eqüinos.

De acordo com a pesquisa, os maiores efetivos estaduais de caprinos, asininos e muares em dezembro de 2006 foram observados na Bahia, que detinha respectivamente 39%, 26,4% e 23,4% do total. O Rio Grande do Sul aparece como maior produtor nacional de coelhos, com 34% do estoque no final do ano passado.