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Produtor pode acessar créditos de carbono via internet

<p>Após a instalação dos biodigestores em MS e MT suinocultores tem acesso via internet, dados referentes aos valores de crédito de carbono.</p>

Redação (21/11/06) – O responsável pela avaliação dos projetos e contratos para instalação de biodigestores para Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, e pela coleta de dados nas propriedades que possuem o sistema, Afonso Rosalen, explicou que ao completar um ano e um mês de instalação dos biodigestores nas propriedades, os suinocultores de São Gabriel do Oeste poderão acessar, via internet, os dados referentes aos valores de créditos de carbono a que terão direito de receber. Segundo ele, os repasses serão realizados em seguida. Questionado sobre a situação dos proprietários que já possuem o sistema há 16 meses, Rosalen explicou que algumas propriedades tiveram problemas no processo de licença ambiental, o que retardou o início da contabilidade dos créditos, como é o caso da Fazenda Monte Azul a pioneira a instalar biodigestores, na suinocultura, no Estado. “Os primeiros suinocultores vão começar a receber pelos créditos de carbono nos próximos meses”, garantiu.

Ele explicou que os produtores terão acesso com antecedência aos relatórios de produção de suínos da granja e de queima de biogás, e ainda dos valores referentes aos créditos a que têm direito. A AgCert vai repassar os valores referentes a 10% dos créditos à Cooasgo, que distribuirá o montante entre os suinocultores que têm mecanismos de seqüestro de carbono em suas propriedades, no município.

O responsável pela suinocultura do Grupo Pinesso proprietário da Fazenda Monte Azul, José Alberto Pinesso, confirma não estar preocupado com o repasse dos créditos de carbono. “Sabemos que vamos receber mais cedo ou mais tarde. Enquanto isso reduzimos a poluição, estamos produzindo biofertilizante e energia elétrica, sem custo, e devolvemos a viabilidade à suinocultura”, disse.

Hoje, Pinesso utiliza o biofertilizante extraído da decomposição dos dejetos da suinocultura para irrigar pastagens e lavouras e tem alcançado excelentes médias de ganho de peso nos bovinos criados a pasto (960 de quilo vivo por dia). As pastagens recebem o biofertilizante bombeado diretamente de uma piscina impermeabilizada que recebe o líquido depois da decomposição dos biodigestores. A irrigação é feita utilizando energia elétrica gerada a partir do biogás obtido com os biodigestores.