Redação SI (22/03/06)- Através de visitas feitas a propriedades rurais de Concórdia/SC, os pesquisadores do Projeto Suinocultura Santa Catarina, vinculado ao Programa Nacional de Meio Ambiente (PNMA II) estão constatando que o programa já gerou modelos de intervenção ambiental bem sucedidos na produção de suínos.
Estamos seguros que as tecnologias testadas mostraram que há como produzir suínos sem poluir o meio ambiente, garantiu o pesquisador Paulo Armando de Oliveira, da Embrapa Suínos e Aves, que atuou como executor técnico da primeira fase do Projeto Suinocultura Santa Catarina. Recentemente, representantes das instituições responsáveis pela condução do Projeto Santa Catarina e o secretário da Agricultura de Santa Catarina, Moacir Sopelsa, visitaram três das 45 propriedades rurais beneficiadas.
O suinocultuor Jandir Galiase, por exemplo, implantou canaletas cobertas para a condução dos dejetos até a esterqueira. Foram modificados também os telhados das instalações para dar um destino adequado à água da chuva. Ficou muito melhor. Praticamente não tem mais moscas na propriedade, disse Galiase.
O produtor Jairo Pozzo também mostrou satisfação com a tecnologia que a sua propriedade recebeu. O biogás fornecido pelo equipamento fez com que o produtor não utilizasse mais gás de cozinha para o aquecimento dos frangos. O biodigestor representou uma economia e um destino adequado para os dejetos, explicou o produtor. O PNMA II, conduzido pelo Ministério do Meio Ambiente e financiado através de um acordo de empréstimo entre o governo brasileiro e o Banco Mundial (BIRD), iniciou em 2002.
A proposta do programa era validar tecnologias que minimizassem o impacto ambiental dos dejetos suínos. Foram escolhidas as bacias hidrográficas dos rios Fragosos, em Concórdia, Meio-oeste de Santa Catarina, e Coruja/Bonito, em Braço do Norte, Sul do Estado, para a aplicação dos recursos do PNMA. A segunda fase do Projeto Suinocultura Santa Catarina, que inicia em breve, terá a Fundação Catarinense do Meio Ambiente (Fatma) como executora técnica. A Embrapa continuará fazendo parte do projeto como instituição parceira.