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Rastreabilidade suína inclui marcador genético

A suinocultura brasileira já se prepara para se adequar às novas regras de rastreabilidade já implantadas pelo setor em países como Estados Unidos e Europa.

Redação SI 07/08/2002 – Segundo a veterinária da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), Sônia Martins Vitagliano, os marcadores genéticos, além da melhoria genética, serão de grande utilidade quando a rastreabilidade suína for implantada no Brasil.

O marcador é uma técnica da biotecnologia que consiste em identificar conjuntos de genes que são responsáveis por características marcantes no desempenho animal. Assim, é possível identificar os melhores animais em cada característica desejada e disseminar esses genes por inseminação artificial.

Essa será mais uma garantia para quem comprar o suíno brasileiro. Para o criador comercial, as matrizes são mais caras, porém, o retorno dele é mais rápido, afirma Sônia.

Pioneira na exploração desse nicho no Brasil, a Agroceres PIC joint-venture entre a empresa brasileira Agroceres e a inglesa Pig Improvemente Company lança, nesta semana, um novo marcador genético para suínos.

Segundo o gerente de mercado da Agroceres PIC, Alexandre Rosa, esse novo marcador tem a finalidade de melhorar a conversão alimentar dos suínos, ou seja: o animal tem menor apetite, ingere uma quantidade reduzida de ração, e, mesmo assim, ganha o peso necessário para o ponto de abate.

Isso traz uma economia nos custos de produção, além de proporcionar uma melhor qualidade da carne suína.

Segundo Rosa, a conversão alimentar aumenta em 1,5% a taxa de conversão. O suíno com 110 quilos come menos 3,5 quilos de ração do que o animal sem o marcador.

A gordura depositada na carne do animal também tem redução de 0,4 milímetros e há um rendimento de carne 0,3% maior.

Para obter o reprodutor, o produtor terá que desembolsar R$ 5 mil pelo animal e mais R$ 1,5 mil pela tecnologia para a inseminação artificial.

Se quiser, o produtor pode obter apenas a tecnologia e comprar o sêmen do animal por R$ 6,50. São necessárias três doses para cada inseminação.

A vida útil do reprodutor é de dois anos, sendo que é possível emprenhar 120 fêmeas nesse período.

Segundo o executivo, o suinocultor obtém o retorno do seu investimento em dois anos.