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Símbolo de qualidade

Na avaliação dos cientistas, pesquisadores e professores que participaram do Zootec 2004, a alta tecnologia está transformando a suinocultura brasileira e trazendo resultados surpreendentes.

Redação SI 01/06/2004 – 06h40 – Na avaliação dos cientistas, pesquisadores e professores que participaram do Zootec 2004, VI Congresso Internacional de Zootecnia e o XIV Congresso Nacional de Zootecnia, entre os dias 28 e 31 de maio, em Brasília, a alta tecnologia está transformando a suinocultura e trazendo resultados surpreendentes.

Para se ter uma idéia das mudanças, eles agora elevam o suíno à categoria de indispensável na melhor qualidade de vida do homem. Hoje, a maioria dos rebanhos no Brasil se desenvolve em locais de total confinamento, longe das doenças e os animais são criados sobre o cimento limpo. A higiene é tamanha que o pêlo cresce branco e a carne do porco adquiriu um tom róseo. Com isso o consumidor tem à sua disposição no supermercado carne de excelente qualidade e com elevada garantia sanitária.

Com o avanço na tecnologia de manejo e produção dos suínos, a indústria farmacêutica foi a primeira a reconhecer os resultados e beneficiar o homem com o melhoramento genético. São extraídos do animal: a heparina (evita a coagulação do sangue); a hemoglobina; o hormônio da tireóide; válvulas cardíacas; fígado para transplantes, insulina (provém do pâncreas produzido no suíno) e outros medicamentos para epilepsia, mal de Parkinson e outras.

Consumo no Brasil

A transformação do porco, no Brasil, se deu a partir da década de 70, com a introdução de raças geneticamente melhoradas para a produção de carne magra. Segundo o pesquisador e professor da Universidade Estadual de Maringá, Ivan Moreira, o “porco fez regime e virou suíno moderno sem gordura”, transformando-se numa fonte de carne e não de banha. Muito embora seja a carne de porco a mais consumida no mundo, no Brasil, apesar de barata, ela ocupa a terceira colocação, com consumo de 13,5 kg per capita ano.

A bovina ocupa o primeiro lugar, com 37kg per capita ano, e a de frango, a segunda, com 32kg per capita ano. “Cerca de 70% da carne suína é consumida na forma processada (lingüiça, salchicha etc). Nós queremos aumentar o consumo no Brasil. Para se ter uma idéia, no mercado alemão o consumo atinge, em média, 60kg de carne suína por ano, por cada habitante. Sabemos que há muito espaço para crescer no mercado brasileiro”, sinalizou Moreira. A suinocultura brasileira é uma das mais desenvolvidas do mundo e produz a carne a um dos menores custos.