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Sonho do etanol ficou para depois nos EUA

<p>O setor, que movimenta US$ 20,8 bilhões, talvez deva responsabilizar a si mesmo pela situação.</p>

Redação (17/09/2008)- A Ford Heights Ethanol LLC se candidatou em junho de 2006 para construir uma destilaria na cidade do Estado norte-americano de Illinois da qual tirou o seu nome, prometendo revitalização econômica que substituiria as casas abandonadas e as lojas fechadas. Após 2 anos, nenhuma obra foi iniciada.
Para Ford Heights e outras cidades agrícolas dos EUA, a revolução dos empregos "“de colarinho verde", prevista pelo decreto que tornou obrigatório o uso de combustíveis renováveis, é um sonho que foi adiado. O mato na altura dos joelhos e velhos pneus cobrem o local, uma vez que os preços recorde do milho, a principal matéria-prima usada na fabricação do etanol nos Estados Unidos, desestimulam investimentos em novas usinas.
O setor, que movimenta US$ 20,8 bilhões, talvez deva responsabilizar a si mesmo pela situação. A construção desenfreada fez com que o número de usinas de etanol chegasse a 168, que já produzem mais que o exigido para ser usado como aditivo ao combustível. As destilarias compram tanto milho – até um terço da safra dos EUA este ano – que contribuíram para as altas dos preços, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (Usda). “Eu disse muitas vezes que iriam matar a galinha dos ovos de ouro", disse Jim Jordan, presidente da consultoria Jim Jordan & Associates LP.