Redação (26/09/2008)- “A Embrapa conta a história do que aconteceu com a pesquisa, o desenvolvimento agrícola e o aumento da produtividade. A ciência tem papel fundamental na melhoria dos alimentos e na segurança alimentar”, disse o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, nesta quinta-feira (25), durante visita a 6ª Exposição de Tecnologia Agropecuária, Ciência para a Vida, na sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Brasília.
Na ocasião, Stephanes visitou os estandes da feira e conheceu a vitrine de tecnologias que, neste ano, homenageiam o centenário da Imigração Japonesa. Entre as novidades de pesquisas desenvolvidas pela Embrapa destaca-se o primeiro corante natural do mundo, extraído do bagaço do caju, que pode ser usado no tingimento de tecidos. Também está exposta na feira, a variedade da banana resistente à sigatoka negra, principal praga que atinge a fruta. A BRS Conquista deve ser lançada em abril de 2009 e vai beneficiar produtores de estados em que a doença está mais presente, como Acre, Amazonas, Pará, Mato Grosso, Roraima, Rondônia e Amapá.
O ministro da Agricultura enfatizou, ainda, o caráter educacional da exposição que tem atraído milhares de jovens. “Até o fim desta feira, 50 mil crianças devem visitar o local e isso contribui para que muitos deles venham até a se tornar pesquisadores”, completou.
Produção sustentável – O Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, que reúne a Embrapa e universidades, apresentou o sistema de reaproveitamento da água no processo de degomagem (retirada da goma do grão) do café. “A água pode ser reutilizada até 10 vezes e o caldo que sobra deste processo pode se tornar adubo”, explica o técnico agrícola da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Daniel Nascimento. O sistema já está disponível para produtores e indústria cafeeira.
Outra pesquisa que contribui para disseminar a produção sustentável é o Projeto Biodiesel de Óleo de Fritura, desenvolvido pela Embrapa em parceria com a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). A produção do biocombustível a partir do óleo que seria descartado no meio ambiente permitirá a diminuição da poluição nas redes de esgoto e vai incrementar a indústria brasileira de biodiesel.
O tomate-cereja, com o dobro de licopeno do convencional também pode ser visto na exposição. O produto com maior valor nutritivo contribui, ainda mais, no combate aos radicais livres, um dos maiores vilões do envelhecimento da pele.