Redação SI 17/04/2002 – O Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina (Instituto Cepa/SC) realizou um levantamento aprofundado sobre as Perspectivas para a Agricultura Familiar 2010 e detectou que, quanto ao mercado de carne suína, o aumento do tamanho das unidades de produção será favorecido pelos avanços tecnológicos (em especial, na área genética: inseminação artificial, transferência de embriões, sexagem de sêmen etc.), que devem permitir produtividades de até 30 leitões/porca/ano.
Há, também, estimativas de que o número médio de terminadores por produtor possa saltar dos atuais 19,7 por ano para cerca de 26 por ano em 2010. Na avaliação do especialista, Jurandi Soares Machado, do Instituto Cepa/SC, tecnologias levarão a um sensível aumento da produção. Ao mesmo tempo, vão exigir um maior preparo técnico e gerencial dos suinocultores e um bom aporte de capital humano e financeiro.
A crescente procura por produtos orgânicos, por sua vez, também deve estimular o surgimento de uma suinocultura menos poluidora, de qualidade reconhecida e mais bem remunerada. Estima-se que o mercado de produtos típicos e de carne orgânica possa representar, para os produtores catarinenses, o escoamento de 3,2 milhões a 3,5 milhões de cabeças anuais de suínos.