Da Redação 23/09/2005 – A estatal Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) assinaram ontem (dia 22) protocolo de intenção técnica para a geração conjunta de soluções e negócios voltados ao campo brasileiro.
Conforme informações divulgadas pela Fiesp, “a parceria segue os moldes de uma PPP (Parceria Público Privada)”. A parceria também envolverá o desenvolvimento de tecnologias voltados para o segmento de agroenergia – que inclui, entre outras atividades, a produção de biodiesel a partir de culturas agrícolas como soja, girassol, cana-de-açúcar e girassol.
Em texto sobre o acordo escrito para o Valor, o presidente da Embrapa, Silvio Crestana, afirma que o protocolo assinado com a Fiesp é “emblemático dessa ruptura de fronteiras e dessa convergência de propósitos entre o rural e o urbano, entre o público e o privado, orquestrada pela sociedade brasileira, e que estão sacramentadas em decisões como a Lei das PPP e a Lei de Inovação”.
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Para Crestana, o acordo antecipa e inaugura a era das PPP no agronegócio. Segundo informações da agência Fiesp, o presidente da entidade, Paulo Skaf, reforçou o discurso de Crestana e afirmou que “a Embrapa já fez muito para o Brasil. É uma honra para a Fiesp assinar esta parceria. A aproximação do setor industrial com o setor agrícola trará resultados positivos para o país”.
Em sua análise preparada para o Valor, Crestana lembra que o diálogo entre o urbano e o rural se acentuou, e que nos últimos anos as cidades passaram a demandar mais alimentos e os consumidores, mais informados, passaram a reclamar produtos de maior qualidade. Ele afirma, também, que o fato de o acordo envolver agroenergia é emblemático, e que “o Brasil encarna a esperança mundial por alternativas que substituam o petróleo na matriz energética, de forma econômica, social e ambientalmente adequada”.
