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Tecnologias de processamento e envase abrem portas para carne na Europa e na China

Os benefícios incluem a ampliação da cobertura geográfica das vendas, melhores margens em toda a cadeia de valor e redução de custos ambientais do consumo de carne.

Novas tecnologias de processamento e envase estão estendendo a vida útil das carnes in natura e processadas, de acordo com um novo relatório do Rabobank que se concentrou, principalmente, nos mercados europeu e chinês, intitulado “Meat Packaging to Extend Shelf Life”. Os benefícios incluem a ampliação da cobertura geográfica das vendas, melhores margens em toda a cadeia de valor e redução de custos ambientais do consumo de carne.

 Enquanto a preferência dos consumidores por mais carne in natura contra congelada estão limitando a maioria das vendas para mercados regionais, isto poderia mudar agora, previram os analistas. Na expansão dos mercado-alvo, abordando as tendências de consumo, melhorando posicionamento de preço com qualidade ou alargando o alcance de exportação para novos mercados, pode estar a solução para os produtores europeus de carnes. “Novas tecnologias de processamento e envase têm grandes benefícios para os varejistas, consumidores e produtores”, disse a analista do Rabobank, Clara van der Elst. “Para o varejista, menos desperdício e menos remarcações são propícios para reduzir os custos. Os consumidores se beneficiam de um período de mais consumo com menos conservantes, cumprindo a demanda por alimentos ‘naturais’, e os produtores se beneficiam do aumento potencial do mercado por meio de uma gama de exportação geográfica expandida.”

A região noroeste da Europa, onde o consumo de carnes tem diminuído em razão de uma população em declínio e mudando o comportamento de compra, também tem a maior participação de vendas de carne por intermédio de supermercados modernos e, portanto, em embalagens case-ready. No entanto, no leste e sul da Europa, os canais tradicionais de varejo de carne como açougues, lojas especializadas e mercados ao ar livre ainda dominam. É aqui que o potencial de exportação é criado. Com o rápido crescimento das embalagens case-ready em supermercados e demais lojas do varejo, a demanda por este tipo de embalagem também é provável que cresça rapidamente. O Rabobank acredita que as tecnologias, como a VSP e embalagem com monóxido de carbono em atmosfera modificada (CO-MAP), podem aumentar a janela de oportunidade para as exportações de carne in natura para o sul e leste da Europa. O consumo de carnes na China e em outros países asiáticos continua crescendo também. Na China, existe uma preferência por carnes importadas, impulsionada por questões internas de qualidade.

 A produção de carne local não está conseguindo acompanhar a demanda. Além disso, a carne europeia é capaz de competir em preço com produtos locais, notou o Rabobank. A carne embalada e refrigerada “pronta para comer” mostra o crescimento mais rápido na China, a uma taxa estimada de 20% ao ano. Um mercado maduro se abre para as importações com a demanda por carnes de valor agregado. Quando as restrições às importações da região forem reduzidas, o Rabobank prevê que há uma oportunidade de mercado significativa para a carne processada da Europa.