Pesquisas da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), em Campos dos Goytacazes, revelaram que o uso do capim elefante pode reduzir os custos para abastecer os fornos das cerâmicas da cidade.
Alguns empresários já adotaram o capim como combustível alternativo. Ele foi trazido do continente africano para o Brasil há quase um século, e era usado apenas para alimentar animais. Os pesquisadores da UENF tentam descobrir a variedade da planta ideal para a região.
O capim, segundo os pesquisasdores, tem alto potencial energético. Um dos empresários do setor ceramista em Campos, já começa a desenvolver uma usina de beneficiamento para criar briquetes, que é o capim prensado. Segundo ele, a medida diminui pela metade os gastos de R$ 40 mil por mês com a compra de madeira utilizada para combustão.
Com um ano de crescimento, o capim elefante atinge até quatro metros de altura. A parte mais alta é aproveitada para alimentação do gado, e todo o resto ainda pode servir de lenha. Outro ponto favorável é que a planta sobrevive melhor a solos mais pobres em nutrientes, do que a cana-de-açúcar e o eucalipto. Além disso, o capim possui capacidade de converter energia solar em energia química, a chamada produção de biomassa.