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Gripe Suína

Vírus da gripe suína foi isolado pela 1ª vez em 1930

Vírus pode deixar animais gravemente enfermos, mas a taxa de mortalidade é baixa.

A gripe suína é uma doença respiratória dos porcos, causados pelo vírus da influenza tipo A, que provoca casos comuns da moléstia nesses animais. Há informações sobre a doença nos sites da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Centro de Controle e Prevenção da Doença, dos Estados Unidos. Segundo essas fontes, esses vírus podem deixar os animais gravemente enfermos, mas as taxas de mortalidade são baixas. O vírus da gripe suína clássico (H1N1, tipo A) foi isolado pela primeira vez em 1930 e, segundo a OMS, existem outros subtipos de vírus.

A OMS explica que os porcos podem ser infectados também por vírus de gripe aviária e gripe humana, além da gripe suína. Algumas vezes os porcos podem ser infectados com mais de um tipo de vírus ao mesmo tempo, o que faz com que os genes de tais vírus se misturem. Esta troca de genes pode resultar em um vírus de gripe contendo genes de um número diferente de fontes, chamado de vírus “reclassificado”. Segundo a OMS, embora os vírus de gripe suína sejam normalmente espécies específicas e somente infectem porcos, por vezes cruzam barreiras entre espécies e causam doenças em humanos.

De acordo com a OMS, os casos confirmados de gripe suína em humanos, isolados no México e nos Estados Unidos, foram causados por um novo subtipo do vírus, segundo a OMS. No domingo, o diretor-assistente geral para a saúde da OMS, Keiji Fukuda, afirmou que ainda é preciso compreender um pouco mais da epidemiologia. “Queremos compreender mais sobre o comportamento desses vírus e compreender em que proporção podem causar infecções amenas e sérias”. O CDC e a OMS explicam que o consumo de carne de porco ou derivados não traz risco de contágio, desde que preparados de maneira adequada, pois o cozimento da carne a uma temperatura acima de 70ºC elimina os vírus, bem como outras doenças.

A gripe suína geralmente não afeta humanos. No passado, o órgão norte-americano costumava registrar um caso de infecção em humanos a cada dois anos, mas entre dezembro de 2005 e fevereiro de 2009 houve 12 casos de infecção por gripe suína em pessoas. A OMS informa que também haviam sido registrados anteriormente casos na Espanha.

O vírus da gripe suína pode se transmitir de porcos para pessoas e de pessoas para porcos. As infecções em humanos são mais comuns em pessoas com contato direto com os animais, mas também pode ocorrer a transmissão de humano para humano. Acredita-se que esta última ocorra em situações similares às da gripe convencional, através por exemplo de espirros de uma pessoa infectada.

Os sintomas da gripe suína são similares aos de uma gripe convencional, como febre, moleza, falta de apetite e tosse. Algumas pessoas com gripe suína apresentaram também coriza, dor de garganta, náuseas, vômito e diarreia. Para o diagnóstico da gripe suína em humanos, deve ser realizado um teste com secreção do aparelho respiratório nos primeiros quatro ou cinco dias do surgimento da enfermidade. Esse período de início da infecção, aliás, é quando a pessoa tem maior probabilidade de disseminar o vírus. Porém algumas pessoas, especialmente crianças, podem propagar a doença durante dez dias ou mais.

Pandemia

A OMS alerta que há a possibilidade de uma pandemia – epidemia generalizada -, caso o vírus estabeleça uma “transmissão de humano para humano eficiente”. A entidade aponta que o impacto de tal situação é difícil de prever, dependendo de fatores como a virulência do vírus, da imunidade entre as pessoas e de anticorpos adquiridos com a gripe clássica. Não há uma vacina para o vírus, que pode sofrer mutações rapidamente. Há drogas antivirais em alguns países que podem proteger e tratar a doença. Na maioria dos casos, segundo a OMS, as pessoas se recuperam sem qualquer tipo de medicamento.

A organização aponta que, para se proteger, devem ser tomadas medidas como evitar o contato com pessoas que apresentam os sintomas, entre eles febre e tosse; lavar as mãos com sabão frequentemente; manter hábitos de saúde adequados, como comer bem, realizar atividades físicas e ter uma alimentação saudável. Caso haja algum doente em casa, a entidade recomenda manter o paciente em uma área isolada, ou pelo menos manter a pessoa a um metro de distância do restante dos moradores. Quando alguém for cuidar da pessoa, recomenda-se que se cubra a boca e o nariz com máscaras limpas. Após o contato, é importante lavar as mãos com sabão. Deve-se manter o local onde está o doente arejado e a casa limpa.

A OMS recomenda que as pessoas com sintomas que podem ser da gripe suína não sigam para a escola ou o trabalho e evitem multidões. Além disso, é necessário repouso e ingestão de líquidos. É recomendado também que a pessoa cubra sua mão e o nariz quando for espirrar. É preciso lavar as mãos com frequência, especialmente após espirrar ou assoar o nariz. Em caso de suspeita, é preciso procurar um médico e informá-lo da razão da suspeita, como por exemplo uma recente viagem a um país com casos registrados.

Ao menos 110 pessoas já morreram no México com suspeita de gripe suína. Nesta segunda, a Espanha confirmou o primeiro caso de gripe suína na Europa. Vinte casos foram confirmados nos Estados Unidos. Hoje, a OMS antecipou uma reunião para discutir mudança no nível de alerta de risco de deflagração da gripe suína. O comitê deverá examinar se a OMS deverá elevar o grau de risco do potencial de a gripe se transformar em uma pandemia do atual nível três para o nível quatro, que indicaria um “aumento significativo no risco de uma pandemia”.