Pesquisadores investigaram o uso de coprodutos de etanol de cereais, especificamente grãos secos de destilaria de alta proteína, na alimentação suína. O estudo visou determinar os valores de energia líquida, digestível e metabolizável desses ingredientes, além de avaliar sua digestibilidade e o impacto no balanço de nitrogênio e parâmetros sanguíneos dos suínos.
Sobre o Estudo
Para conduzir o teste, dez suínos machos castrados foram divididos em cinco grupos de dieta. O grupo controle foi alimentado com uma dieta padrão à base de milho e farelo de soja, enquanto os outros quatro grupos receberam uma dieta contendo 800 g/kg da dieta de referência e 200 g/kg de cada coproduto de etanol de milho. Os coprodutos testados incluíram farelo de milho com grãos de destilaria secos e solúveis, grãos de destilaria secos e grãos de destilaria secos com solúveis.
Durante o estudo, que foi realizado em três períodos de alimentação, os pesquisadores coletaram amostras de fezes e urina, além de analisarem as dietas e coprodutos para medir a matéria seca, proteína bruta, extrato etéreo, fibras, nitrogênio total e energia bruta. Foram avaliados a digestibilidade aparente do trato total e os níveis de energia digestível e metabolizável.
Resultados de Digestibilidade e Energia
As dietas contendo grãos secos de destilaria ricos em proteína apresentaram os maiores níveis de energia digestível e metabolizável, além de valores superiores de conteúdo digestível, como fibra insolúvel, proteína bruta e extrato etéreo, em comparação com outras dietas. Essas dietas também influenciaram positivamente o balanço de nitrogênio e a eficiência dos suínos.
Impacto nos Parâmetros Sanguíneos
Os suínos alimentados com grãos secos de destilaria ricos em proteína apresentaram níveis mais altos de ureia no sangue, enquanto aqueles que consumiram farelo de milho com solúveis tiveram níveis mais elevados de triglicerídeos em comparação com os demais grupos.
Conclusão
O estudo concluiu que os coprodutos de etanol de cereais brasileiros, especialmente os grãos secos de destilaria ricos em proteína, apresentam o maior potencial energético e os melhores coeficientes de digestibilidade, sendo promissores na alimentação suína, desde que adequadamente caracterizados nutricionalmente.