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Análise

Impacto de patógenos transmitidos pela ração na produtividade dos suínos: Principais desafios e soluções

Impacto de patógenos transmitidos pela ração na produtividade dos suínos: Principais desafios e soluções

Na produção comercial de suínos, a produtividade dos suínos é um dos pilares que determinam o sucesso econômico e a eficiência da operação. Entretanto, patógenos presentes na ração são uma ameaça persistente, impactando negativamente o desempenho reprodutivo, a sobrevivência dos leitões e as margens de lucro das fazendas suinícolas.

Estudos indicam que vírus como a Síndrome Respiratória e Reprodutiva Suína (PRRS) e a Diarreia Epidêmica Suína (PED) estão entre os principais agentes responsáveis pela queda na produtividade. Estes patógenos podem se infiltrar nas operações comerciais por meio de ração contaminada, com consequências devastadoras, incluindo abortos, aumento da mortalidade de leitões e baixa fertilidade dos suínos. A PRRS, por exemplo, gera perdas de aproximadamente US$ 1,2 bilhão anualmente nos Estados Unidos, conforme apontado por estudos da Iowa State University.

A contaminação da ração não só compromete a saúde reprodutiva dos suínos, como também afeta a longevidade e o desenvolvimento das futuras matrizes. O impacto é ainda mais grave em fazendas que enfrentam surtos recorrentes, resultando em menor rendimento de leitões e, consequentemente, em um desempenho inferior dos suínos.

Para mitigar esses riscos, é imprescindível que os produtores implementem práticas rigorosas de biossegurança e higiene alimentar. O uso de sanitizadores de ração, por exemplo, tem se mostrado uma solução eficaz. Embora o processo de peletização da ração, que utiliza altas temperaturas, seja amplamente adotado, estudos recentes demonstram que o tratamento térmico pode não ser suficiente para eliminar completamente os patógenos. Isso reforça a necessidade de medidas adicionais, como o uso de sanitizadores com ação residual, que ajudam a evitar a recontaminação da ração durante o transporte e armazenamento.

O controle da carga de patógenos na ração é fundamental para reduzir a incidência de doenças e preservar a eficiência econômica da produção. Ao adotar práticas de biossegurança mais rigorosas e garantir que a ração esteja livre de agentes contaminantes, os produtores podem proteger a saúde dos suínos, garantir ninhadas mais saudáveis e, ao mesmo tempo, otimizar os resultados financeiros de suas operações.

Assim, o manejo adequado da ração e o controle de patógenos são essenciais para assegurar um rebanho produtivo e saudável, garantindo que a produção comercial de suínos permaneça competitiva e sustentável.

Referência: Pig Progress