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Pesquisa

Pesquisa do Inpa produz hormônio de crescimento do tambaqui em laboratório pela primeira vez

A produção aprimorada desse hormônio abre caminhos para inovações biotecnológicas na zootecnia com aplicações práticas que garantem a sustentabilidade da piscicultura

Pesquisa do Inpa produz hormônio de crescimento do tambaqui em laboratório pela primeira vez

A pesquisa inédita realizada pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) alcançou um marco significativo ao clonar o gene do hormônio do crescimento (GH) do tambaqui em laboratório. Esta conquista representa um avanço importante para a zootecnia, especialmente para a piscicultura brasileira, onde o tambaqui desempenha um papel fundamental.

O GH é crucial para regular o crescimento e outros processos fisiológicos essenciais no tambaqui e em outros vertebrados. Utilizando a técnica de inserção do gene de cDNA do tambaqui na levedura Komagataella phaffii, os pesquisadores conseguiram produzir o GH recombinante de forma eficiente. Essa abordagem permite a produção em larga escala da proteína de maneira mais acessível e econômica do que métodos tradicionais de extração diretamente dos peixes.

Além de abrir novas possibilidades para estudos na área de biotecnologia aquática, essa pesquisa promete impactar positivamente a aquicultura amazônica. O desenvolvimento de técnicas biotecnológicas para melhorar o crescimento e a saúde dos peixes, como o tambaqui, pode beneficiar tanto o setor produtivo quanto os consumidores, aumentando a oferta e a qualidade do pescado disponível.

Com a colaboração de várias instituições de pesquisa, incluindo a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Instituto Federal do Amazonas (Ifam), Embrapa, Fiocruz, entre outras, o estudo representa uma cooperação ampla e multidisciplinar na busca por soluções inovadoras na aquicultura.

Esse avanço também é um passo importante para entender melhor os mecanismos de crescimento dos peixes e desenvolver estratégias sustentáveis para a produção de alimentos aquáticos, essenciais para a segurança alimentar e econômica da região amazônica.