A demanda por crédito rural junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou um aumento significativo nesta safra 2024/25. Entre 1º de julho e 12 de agosto, o banco de fomento recebeu pedidos de financiamento que somam R$ 11 bilhões, um crescimento de 7% em comparação ao mesmo período da safra anterior. No total, mais de 40 mil solicitações foram protocoladas, refletindo o aquecimento do setor agropecuário.
Desses pedidos, R$ 10,3 bilhões foram destinados a operações com recursos equalizados dos Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGF), com destaque para o Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf), o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota). Pronaf e Pronamp, juntos, responderam por 46% do total solicitado ao banco.
Especificamente, o Pronaf teve uma demanda de R$ 2,6 bilhões, distribuídos em 26,3 mil operações, com 65% desse valor destinado a investimentos em instalações e máquinas, e o restante para custeio. Já o Pronamp, voltado ao médio produtor rural, registrou uma demanda de R$ 2,5 bilhões, representando um crescimento de 59% em relação ao ano anterior, com mais de 9,6 mil operações.
Na agricultura empresarial, as principais linhas de crédito foram o PCA, com R$ 883 milhões, e o Moderfrota, com R$ 824 milhões. Além disso, o BNDES recebeu R$ 701,3 milhões em pedidos para a linha de crédito rural operada com recursos próprios.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou a ampliação dos financiamentos ao setor agropecuário, seguindo as diretrizes do presidente Lula para fortalecer tanto a agricultura familiar quanto o agronegócio empresarial. “No primeiro semestre deste ano, já aumentamos em 204% as aprovações de crédito para a agropecuária em relação a 2022, de R$ 4,7 bilhões para 14,2 bilhões”, afirmou Mercadante.
O BNDES está disponibilizando um volume recorde de recursos no atual Plano Safra, totalizando R$ 66,5 bilhões, sendo R$ 33,5 bilhões em recursos equalizáveis. A oferta de crédito para a agricultura empresarial cresceu 26% em relação ao último Plano Safra, alcançando R$ 18,7 bilhões, enquanto para a agricultura familiar, o aumento foi de 28%, chegando a R$ 14,8 bilhões.
Para os produtores das regiões Norte e Nordeste, estão reservados R$ 726 milhões, um aumento de 131% em relação ao Plano Safra 2023/24. Com mais de 80 instituições financeiras cadastradas para intermediar as operações, os pedidos foram majoritariamente realizados através de bancos cooperativos e cooperativas de crédito, que responderam por R$ 6,2 bilhões, ou 56% da demanda total no período.
Mercadante enfatizou que a atuação do BNDES permite que os recursos cheguem a áreas além das capitais e grandes centros urbanos, promovendo uma interiorização do crédito rural.
Fonte: BNDES.GOV