Da Redação 05/04/2002 – Sete meses depois de lançar a Proteína Funcional de Carne (PFC) no mercado nacional, a Allimentus Engenharia e Tecnologia, de Chapecó, comemora o sucesso alcançado com o ingrediente criado a partir da biotecnologia. A PFC surgiu para substituir a proteína de soja utilizada nos embutidos que hoje representa cerca de 5% da composição dos salames, mortadelas, presuntos e salsichas. Mais de 40 frigoríficos do País já utilizam ou estão em fase de implantação da PFC e a empresa não está conseguindo atender a demanda.
Segundo o presidente da empresa, Roberto Rodrigues, dois a três clientes absorvem toda a produção de PFC da empresa. “Um grande cliente consome, em uma só unidade, 200 toneladas por mês de proteína de soja, equivalente a produção atual da Allimentus”, afirma. A empresa tem cadastradas, numa lista de espera, mais de 200 empresas nacionais e de países como a Itália, Dinamarca, Equador, Uruguai, Argentina, Colômbia e Chile, que desejam ter acesso à nova tecnologia.
A PFC, segundo Rodrigues, melhora a qualidade de embutidos, marinados, temperados e sopas instantâneas. É mais saudável e proporciona uma redução no custo de fabricação, garante. Parceira da empresa dinamarquesa Novozymes (atualmente a maior fabricante mundial de enzimas), que lhe fornece enzima usada no processo de hidrolisação da PFC, a Allimentus começa a colher os frutos do sucesso além fronteiras. Acaba de fechar contrato de exclusividade nacional na distribuição de produtos Novozymes para a indústria da carne e mantém negociações com empresas chilenas, para a transferência de tecnologia.