Da Redação 03/04/2002 – Um dos mecanismos recentemente utilizados por químicos para processar alimentos, a chamada extrusão, tem permitido modificar e adequar o sabor, cor, textura dos alimentos. Através do processo de extrusão, é possível, por exemplo, criar um macarrão com gosto de arroz e feijão e feito a partir da combinação da leguminosa. A idéia, a princípio, parece estranha, mas já foi desenvolvida e oferece vantagens como: é nutricionalmente mais balanceado e mais conveniente, pois não leva mais de 2,5 minutos para ser preparado. Quem garante é o professor Yoon Kil Chang, responsável pelo Centro de Extrusão, ligado ao Departamento de Tecnologia de Alimentos da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp.
A extrusão é um processo de tratamento térmico que dá novas características funcionais, nutricionais e estruturais a produtos feitos a partir de matérias-primas como proteínas e amidos.
O Centro de Extrusão (formado por uma planta industrial piloto e um laboratório) é na verdade o único do país totalmente voltado a este processo e a tecnologia desenvolvida ali é disseminada mundialmente por meio de publicações científicas e de parcerias com empresas, que aumentam a cada dia. Só para se ter uma idéia, ele foi construído com o apoio da Fapesp, Unicamp e empresas como Ajinomoto Interamericano, Cargill Food, Estelar, Coradini, Fuchs do Brasil, Ibramnaq, Carino, National Starch e Sun Food.
“Versatilidade é a palavra-chave na extrusão. Como podemos combinar cereais, raízes e tubérculos e definir novas características, o potencial de aplicações é enorme”, diz Chang.
Ainda em estudo, o processo de extrusão é uma das grandes promessas para o mercado de processamento de alimentos, especialmente de produtos cárneos.