Redação SI 02/09/2003 – A carne suína está em alta no mercado internacional. De 265 mil toneladas exportadas em 2001 pelo Brasil, o volume passou para 475 mil em 2002. Só no primeiro semestre deste ano já houve um aumento de 26%, se comparado ao mesmo período de 2002, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). O principal comprador continua sendo a Rússia.
Minas Gerais quer aproveitar a ocasião e exportar ainda mais. É o quarto Estado produtor no País, responsável por algo em torno de 5% do rebanho. Para atender a este exigente mercado, não basta ter boas matrizes. É preciso tecnologia. E é isso que estará em discussão no 1 Seminário de Tipificação de Carcaça Suína no Brasil e Proposta de Padronização do Método de Dissecação, que acontece em Ponte Nova (MG), dias 9 e 10 de setembro.
Organizado pelo Frigorífico Industrial Vale do Piranga (Saudali), com o apoio do Instituto de Alimentos de Campinas (Ital), o objetivo do seminário é promover o método inédito no Brasil de medição do percentual de carne magra nos suínos. “Quanto mais magra a carne, melhor sua aceitação no mercado internacional”, afirma o diretor do frigorífico, Ricardo Kehdy.
A metodologia será explicada por especialistas da União Européia, principais interessados na carne padronizada. Os professores alemães Reinhard Hoereth e Andreas Dobrowolsk, do Instituto de Pesquisa de Carne de Kulmbach, promoverão um fórum de debates sobre a situação atual da tipificação de suínos no Brasil. “Trata-se de uma oportunidade do complexo agroindustrial brasileiro de dar um passo importante em direção à padronização da tipificação eletrônica de suínos, contribuindo, assim, para o fortalecimento da suinocultora nacional”, diz o diretor da Saudali.
As informações sobre o evento podem ser obtidas pelo telefone (31) 3817-3405, em Ponte Nova.