A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) solicitou nesta terça-feira, ao Instituto de Defesa Agropecuária (Indea/MT) a prorrogação do prazo para os pecuaristas comunicarem ao órgão a vacinação contra a febre aftosa da etapa de maio de 2015. O prazo venceu nesta quarta-feira, dia 10.
“O produtor está consciente da obrigação de comunicar a vacinação ao órgão, entretanto os constantes problemas no sistema informatizado e o número reduzido de servidores nas Unidades Locais de Execução (ULE) não estão permitindo que a comunicação seja feita com rapidez. Por isso pedimos que o prazo seja estendido até o dia 30 de junho”, diz o diretor de Relações Institucionais da Famato, Rogério Romanini.
A primeira etapa de vacinação contra a aftosa terminou no dia 31 de maio. A meta é continuar alcançando quase 100% de índice de vacinação. Quem vacinou e deixar de comunicar ficará impossibilitado de emitir Guia de Trânsito Animal (GTA) por um período de 30 dias, se a comunicação for feita até o dia 25. Caso a comunicação seja feita após essa data, o bloqueio para emitir a GTA será do dobro dos dias de atraso da comunicação. Ou seja, se o produtor fizer a comunicação no dia 30, vinte dias após o fim do prazo, o bloqueio será de 40 dias, ou seja, mais de um mês sem poder transitar seus animais, especialmente, sem efetivar vendas.
Nessa primeira etapa de 2015 se encerra neste domingo, o foco foi o rebanho bovino e bubalino, de 0 a 24 meses de idade, com exceção das propriedades localizadas no Baixo Pantanal. A estimativa para a campanha de maio foi a de imunizar 12,65 milhões de animais, dentro da faixa etária exigida. O índice de cobertura vacinal só será conhecido após o fim do prazo para a comunicação, como também, da vacinação que tiver sido feita fora do prazo, a chamada imunização assistida.
Mato Grosso tem o maior rebanho bovino do país, reconhecido internacionalmente como área livre de febre aftosa com vacinação há 19 anos.