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Saúde Animal

Aftosa no Paraguai

Focos de febre aftosa localizados no Paraguai, próximos a fronteira, preocupam Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários.

Aftosa no Paraguai

Os focos de febre aftosa localizados no Paraguai, próximo a fronteira com o Brasil, têm preocupado o Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA Sindical), entidade que representa os profissionais responsáveis por fiscalizar todos os produtos de origem animal e vegetal que ingressam no Brasil, apesar das medidas tomadas pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) para evitar que a doença chegue ao território brasileiro.
   
Para a entidade, alguns fatores como a extensão da fronteira entre Brasil e Paraguai, que é de 1.365,4 km, e as estradas clandestinas podem colocar em risco os rebanhos brasileiros. No Paraguai, mais de mil cabeças de gado já foram sacrificadas. “Não sabemos qual a origem exata do foco e o governo paraguaio demorou mais de 20 dias para tomar as providências. É preciso atenção redobrada neste momento”, alerta o presidente da ANFFA Sindical, Wilson Roberto de Sá.

   
A ocorrência traz à tona uma antiga reivindicação da entidade junto ao Mapa, ou seja, a necessidade de aumentar o número de fiscais federais agropecuários. “Aproveitamos para reforçar o quanto nosso trabalho é importante para a segurança alimentar do país. Precisamos de mais fiscais para trabalhar nessa frente”, alerta Wilson Roberto de Sá.
   
Responsáveis pela fiscalização agropecuária, os fiscais federais agropecuários trabalham com uma estrutura ainda insuficiente. Atualmente, o quadro conta com 3.549 profissionais na ativa. O Brasil possui 16 mil quilômetros de fronteiras com 10 países, 8 mil quilômetros de litoral e cercade 600 pontos de entradas e saídas de mercadorias. De acordo com a ANFFA Sindical, é preciso realizar, com urgência, um levantamento da necessidade de distribuição do pessoal de fiscalização e também novos concursos para preencher os postos de trabalho vagos ou ocupados indevidamente por contratações temporárias. “Para atender a demanda atual seriam necessários, no mínimo, mais 6 mil profissionais”, avalia o presidente da ANFFA Sindical.
   
Os fiscais federais agropecuários são servidores de carreira do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), agrônomos, farmacêuticos, químicos, médicos veterinários e zootecnistas. É de responsabilidade deles garantir a segurança e qualidade dos alimentos, já que atuam diretamente na vistoria dos produtos de origem animal e vegetal nos portos, aeroportos e postos de fronteira, campos brasileiros, empresas agropecuárias e agroindustriais, nos laboratórios, programas agropecuários, eaté mesmo nas relações internacionais.