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Sanidade

Biosseguridade na avicultura

O Brasil, maior exportador de frangos do mundo também se destaca na qualidade da saúde dos seus planteis.

Biosseguridade na avicultura

O Brasil, maior exportador de frangos do mundo também se destaca na qualidade da saúde dos seus planteis. No momento em que viroses como a influenza aviária dizimam a avicultura em diversos países, nos planteis brasileiros, essa é uma enfermidade exótica. Outras enfermidades de igual risco, como laringotraqueíte aviária e a doença de Newcastle no Brasil estão sob controle. Essa condição sanitária confortável deve-se em grande parte, à prática de rigorosos programas de biosseguridade implementados pelo setor produtivo, preocupado em obter um produto saudável. Esse controle é responsabilidade de todas as ramificações da avicultura uma vez que, independente do sistema de produção (intensivo ou semi-intensivo) e do produto (carne, ovos ou ornamentais), todas as aves estão sujeitas aos mesmos riscos de contrair enfermidades, que podem comprometer a produção avícola nacional.

Observa-se no entanto, que devido à pressão pelo aumento de produção, alguns cuidados básicos de biosseguridade estão sendo restringidos. Se por um lado as exigências do mercado importador pressionam quanto à qualidade microbiológica da produção, por outro, o crescimento da demanda à carne de frango estimula a retração de medidas simples mas indispensáveis de manejo sanitário, como os procedimentos de higienização e tempo de vazio dos aviários entre alojamentos (vazio sanitário), colocando em risco a saúde do setor avícola. Outra constatação se faz quanto à adoção dos tipos de pisos. Observa-se que, para reduzir os custos na construção dos estabelecimentos, grande parte dos aviários são de piso de chão batido, muito embora o piso liso (cimento, argamassa) facilite a higienização.

A higienização das instalações, associada ao vazio sanitário é fundamental para minimizar os riscos de infecções e a quebra do ciclo de vida de determinados agentes infecciosos. Higienização compreende os procedimentos de limpeza e desinfecção das instalações e equipamentos e correta eliminação dos resíduos da produção. Devem ser programados com antecedência, definindo-se uma seqüência lógica para a execução das atividades. Nesse processo, a limpeza é tão importante quanto a desinfecção. A remoção dos detritos e gorduras é imprescindível para o sucesso da desinfecção. Essa limpeza prévia deve ser feita com água limpa.

César Valandro, Médico Veterinário
Universidade Uniquímica