A O Brasil deverá receber o reconhecimento internacional de zona livre da peste suína clássica para catorze estados e Distrito Federal. A decisão será tomada durante a 84ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que começou neste domingo (22/05), em Paris, na França. A reunião contará com representantes de 180 países. O delegado do Brasil é o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Guilherme Marques, que já viajou para a França.
Em fevereiro deste ano, a Comissão Científica da OIE já havia aceitado o pedido do ministério para ampliar o status de zona livre da doença para o DF, Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Também estão nessa lista os municípios de Guajará, Boca do Acre, sul do município de Canutama e sudoeste do município de Lábrea, todos do Amazonas. Atualmente, apenas Rio Grande do Sul e Santa Catarina já têm o certificado de zona livre da peste suína clássica. Falta agora apenas a votação da OIE pelo reconhecimento.
Segundo Guilherme Marques, a organização poderá reconhecer o Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) de São Paulo, como referência internacional em diagnóstico de influenza aviária (gripe aviária) e doença de Newcastle. “Isso vai demonstrar a qualidade e excelência do nosso laboratório”, disse.
Na pauta da reunião da OIE, também está a votação da adequação dos manuais e códigos sanitários que estabelecem as regras para a implantação de programas e do comércio internacional de animais e seus produtos. Guilherme conta que ainda será discutido um tema de relevância no contexto global: a economia da saúde animal e os custos diretos e indiretos de surtos de doenças dos animais.
A 84ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) termina no próximo dia 27.