Com a recente confirmação de um caso de gripe aviária em uma ave silvestre no Rio Grande do Sul, o segundo maior produtor de frango no país, aumentam as preocupações em relação às granjas comerciais. Embora ainda não tenham sido observados impactos nos negócios do setor, os cuidados sanitários estão sendo intensificados. No entanto, analistas alertam que, em caso de um eventual embargo temporário às exportações da carne de frango brasileira, devido à influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1), a oferta interna poderá aumentar, resultando em uma queda nos preços.
Especialistas apontam que essa retração seria temporária, dada a natureza mais curta do ciclo avícola, o que permite ajustes na oferta com maior agilidade se comparado a setores como suínos e bovinos. Embora seja prematuro determinar o impacto exato caso a gripe aviária atinja as granjas comerciais, é possível que haja uma tendência de redirecionamento para o mercado interno.
Poedeiras
Para as galinhas poedeiras, responsáveis pela produção de ovos, a situação pode ser mais desafiadora, uma vez que a reposição da oferta é mais lenta. Analistas sugerem que a oferta de ovos poderá ser afetada, mesmo sem um embargo específico. Um exemplo disso ocorreu nos Estados Unidos no ano passado, quando a quantidade total de galinhas poedeiras diminuiu mais de 5%.
Caso confirmado
Vale destacar que o caso de gripe aviária no Rio Grande do Sul foi identificado em uma ave silvestre da espécie Cygnus melancoryphus, conhecida como cisne-de-pescoço-preto, na Estação Ecológica do Taim, distante das granjas industriais. No entanto, a proximidade da região com as principais áreas produtoras de frango no país aumenta a preocupação com a possível disseminação da doença