A Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) manifestou preocupação com a recente ocorrência de peste suína clássica no Piauí.
Em nota divulgada, o presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi, destacou os novos casos detectados pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que identificou 60 animais suscetíveis à doença em propriedades no estado, resultando em 24 casos confirmados e 14 mortes de porcos.
Santa Catarina, líder nacional na produção de suínos e parte de uma área reconhecida internacionalmente como livre da peste suína clássica, foi alertada para reforçar medidas preventivas.
O Piauí, que não faz parte desta zona livre, tem enfrentado surtos recorrentes da doença, incluindo um episódio que levou ao abate de 4,3 mil porcos nos últimos anos.
O Brasil mantém uma distinção clara entre as zonas livres da doença e as áreas onde ainda ocorrem casos, como o Piauí e outros nove estados, onde há restrições para a circulação de animais e produtos derivados.
Um plano estratégico nacional busca erradicar a peste suína clássica nessas áreas com medidas como vacinação e reforço das atividades de vigilância e fiscalização.
A peste suína clássica, apesar de menos severa que a peste suína africana — que causou grandes perdas na China entre 2018 e 2019 —, ainda representa um desafio significativo para a suinocultura no Brasil, onde não há tratamento ou vacina disponíveis para a variante africana.