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Saúde Animal

Doença aviária em MG

Instituto Mineiro de Agropecuária estabelece normas para atendimento a doenças respiratórias em aves de Minas Gerais.

Doença aviária em MG

O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) publicou a portaria nº 1.104, de 25 de novembro de 2010, que estabelece normas para o atendimento a suspeitas ou casos confirmados de doenças em aves no estado de Minas Gerais. A portaria determina a interdição de granjas avícolas ou outros estabelecimentos com suspeita ou caso confirmado de doenças de notificação obrigatória que são as doenças de vigilância epidemiológica que devem ser notificadas à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), tais como Influenza Aviária, Newcastle e Laringotraqueíte infecciosa das aves.

São objetos de interdição aves vivas para quaiquer finalidades, produtos ou subprodutos avícolas, como ovos, cama de aviário, penas e outros.

O médico veterinário responsável técnico ou qualquer profissional envolvido com a avicultura fica obrigado a notificar ao IMA qualquer suspeita de doença de notificação obrigatória e o aumento na taxa de mortalidade de aves na granja.

O diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, acredita com esta medida Minas Gerais mantém a sanidade animal no estado. “Esta portaria ajuda na manutenção do reconhecimento que Minas conquistou pela seriedade dos trabalhos desempenhados na área da saúde animal”, afirma.

Esta medida considera a importância da avicultura para Minas Gerais e a necessidade de manter os plantéis avícolas livres de doenças de impacto econômico e social. Minas Gerais é o segundo maior produtor de ovos de mesa do Brasil com uma produção de 8,69 milhões de caixas com 30 dúzias.

O estado também se destaca na exportação de ovos, sendo o maior exportador do Brasil. Além disso, Minas está dentre os maiores produtores de frango, ocupando o quinto lugar, com 431 milhões de frango produzidos durante o ano de 2009.

Interdição de aviários

No dia 11 de novembro, IMA interditou todas as granjas avícolas em quatro municípios do Sul de Minas: Itanhandu, Passa Quatro, Itamonte e Pouso Alto. Exames feitos no Laboratório Nacional de Agropecuária de Campinas (Lanagro), pertencente ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) confirmaram a presença de lariongotraqueíte infecciosa, uma doença respiratória que pode provocar a morte das galinhas.

A laringotraqueíte infecciosa é contagiosa entre as aves. Causa a mortalidade e diminuição da produção de ovos. Embora possa afetar todas as aves, em qualquer idade, as galinhas de postura comercial são os principais hospedeiros da doença. Os sintomas são mais observados nas aves já adultas. A porta de entrada natural da doença são as vias respiratórias e a transmissão ocorre pelo contato direto entre aves ou indiretamente, através de equipamentos e cama contaminados.

O número de aves mortas contaminadas pela laringotraqueíte infecciosa ainda não é significativo em Minas Gerais. Mas para evitar que a doença se espalhe, o IMA criou barreiras sanitárias e está fiscalizando as cargas nos caminhões. Além disso, a laringotraqueíte infecciosa não é transmitida ao homem e não tem problema nenhum consumir a carne e os ovos.