No sábado, 20 de julho, o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP) confirmou que três casos suspeitos de Doença de Newcastle (DNC) foram descartados. As amostras, coletadas na sexta-feira (19) de três propriedades situadas na zona de proteção estabelecida para a DNC, foram analisadas com resultado negativo para o vírus.
As amostras foram enviadas ao LFDA-SP por meio de um esforço coordenado envolvendo a Casa Civil, o Ministério da Defesa e a Força Aérea Brasileira (FAB). O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou a agilidade na análise e a importância desses resultados para a contenção do surto. “É um pedido do presidente Lula tratar o caso com total transparência, para tranquilizar a população e os países importadores quanto à segurança do nosso sistema de defesa agropecuária”, afirmou Fávaro.
O Plano Nacional de Contingência para DNC está em execução, com barreiras sanitárias sendo montadas na região do Vale do Taquari para controlar a movimentação de aves e evitar a propagação do vírus. Investigações epidemiológicas continuam na zona de vigilância de proteção e em todo o Rio Grande do Sul.
A população pode continuar consumindo carne de frango e ovos, inclusive da região afetada. O Ministério da Agricultura e Pecuária reforça que os produtos avícolas inspecionados pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) são seguros e não apresentam contraindicações.
Sobre a Doença de Newcastle (DNC)
A Doença de Newcastle (DNC) é uma infecção viral que afeta aves domésticas e silvestres, causando sintomas respiratórios, manifestações nervosas, diarreia e edema na cabeça. É causada pelo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1) e é de notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Os últimos casos confirmados no Brasil ocorreram em 2006, afetando aves de subsistência nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.