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Saúde Animal

DSAnimal está vigilante para barrar entrada da Influenza aviária no PR

A expansão da avicultura em toda a região Noroeste do Estado está deixando em alerta a Supervisão Regional de Defesa Sanitária Animal.

Royalty-Free Stock Imagery by Rubberball
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A expansão da avicultura em toda a região Noroeste do Estado está deixando em alerta a Supervisão Regional de Defesa Sanitária Animal (DSA) de Umuarama (PR). A principal preocupação do órgão é barrar a entrada do vírus H5N1, causador da Influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, nas granjas da região.
Segundo o supervisor regional Jesus Pereira Camacho, uma das principais vantagens dos aviários do Noroeste é que não há importação de aves vivas de países que passam por infestação do vírus. “China, Paquistão, Indonésia e Coreias (do Norte e do Sul) são países que estão infestados de Influenza aviária, mas felizmente aqui não existe importação de aves destes países”, afirmou Camacho.
De acordo com ele, o vírus poderia chegar ao Brasil carregado por aves silvestres migratórias, que se deslocam entre os continentes ao longo das estações do ano. “O vírus H5N1 não causa a morte destas aves, mas pode ser transmitido delas para os frangos das mais diversas formas”, explica Jesus Camacho.
A Influenza aviária é uma doença que se espalha muito rapidamente e apresenta altíssima taxa de mortalidade. “O vírus pode contaminar e dizimar um aviário com milhares de aves em poucas horas, e se isso chegasse a acontecer seria necessário um bloqueio total em todo o entorno da propriedade, para impedir que a contaminação se espalhe”, diz Camacho.
Desastre

A vigilância constante para conter a chegada do vírus tem motivos muito fortes. “Os aviários estão se expandindo de maneira muito rápida aqui na região, e se a Influenza aviária chegar aqui é um desastre, porque o primeiro reflexo é o travamento da exportação de carne”, conta o supervisor de DSA.
“Se isso chegasse a acontecer haveria um desequilíbrio imediato no mercado, tendo em vista que muitos aviários hoje produzem os frangos exclusivamente para exportação, alguns deles até foram criados apenas para atender a demanda por carne de frango para outros países, e se a exportação fosse bloqueada esta carne toda precisaria ser encaminhada para o mercado nacional”, disse Camacho.
Outro desequilíbrio seria notado na cadeia produtiva, visto que muitos empregos do setor hoje estão atrelados aos serviços de exportação. “Em resumo, se a Influenza H5N1 chegasse a contaminar algum aviário aqui na nossa região seria uma tragédia, e por isso estamos tão vigilantes e preocupados em manter a doença longe dos nossos aviários”, afirma Jesus Camacho.
 
Newcastle

Outra praga aviária que vem merecendo atenção constante da Supervisão Regional de Defesa Sanitária Animal é a Doença de Newcastle, assim batizada por ter sido detectada pela primeira vez na cidade inglesa de mesmo nome. Da mesma forma que a Influenza, provoca alta taxa de mortalidade e em poucas horas pode dizimar aviários inteiros que tenham sido contaminados.
O Paraná está livre da doença há mais de duas décadas, mas no Brasil a última identificação de um caso de Newcastle aconteceu em 2005, no município de Lambari (MT). Naquela ocasião, segundo Jesus Pereira Camacho, o controle foi eficiente e a doença não se espalhou para os aviários.
“O grande problema é que, a exemplo da Influenza H5N1, a Doença de Newcastle é altamente contagiosa, se espalha muito rapidamente e condena toda a produção do aviário, além de bloquear automaticamente a exportação de carne de frango de todo o Estado afetado”, explica Jesus Camacho.