A vacinação de pássaros contra a gripe aviária nos Estados Unidos foi aprovada pela primeira vez devido à propagação da cepa H5N1, uma forma altamente patogênica do vírus que tem afetado aves em diversos países, incluindo o Brasil. Nesse contexto crítico, as autoridades decidiram vacinar condores, uma espécie ameaçada de extinção. A cepa H5N1 já causou a morte de 200 milhões de aves nos últimos 18 meses, além de mamíferos. Embora alguns países já realizem a vacinação de aves contra a gripe aviária, incluindo bandos comerciais, essa é a primeira vez que os Estados Unidos adotam essa medida.
Para testar a segurança e eficácia da vacina, cientistas aplicaram a vacina em abutres-pretos, que pertencem à mesma família dos condores, mas não estão ameaçados de extinção. Antes de vacinar a população de condores selvagens, eles também irão imunizar condores da Califórnia em cativeiro durante uma verificação anual de saúde.
Embora existam várias vacinas disponíveis contra o H5N1, a vacinação de aves tem sido controversa entre pesquisadores e produtores. Produtores levantam preocupações sobre os custos, a dificuldade de vacinar um grande número de aves e as restrições comerciais. Além disso, alguns países proíbem a importação de animais vacinados devido à preocupação com o rastreamento da propagação do vírus.
A aprovação da vacinação dos condores nos Estados Unidos é vista como uma nova ferramenta para lidar com a ameaça da gripe aviária. No entanto, ainda não está claro se a vacina será eficaz nos condores, uma vez que foi licenciada para uso em galinhas. A eficácia da vacina pode variar mesmo entre diferentes espécies de aves, como galinhas e perus, que pertencem à mesma família.