A influenza aviária continua a avançar pelos Estados Unidos, afetando agora rebanhos em Ohio e Idaho, além dos casos já confirmados no Texas, Kansas, Michigan e Novo México.
O total de ocorrências confirmadas pelo Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal (APHIS) do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) chega a 15.
O USDA informa que as investigações sobre a doença, que apresenta sintomas como redução na produção de leite e apetite baixo nas vacas afetadas, estão em andamento pelas autoridades veterinárias e de saúde pública. A origem do vírus H5N1 é atribuída a gansos de linhagem euro-asiática, encontrados mortos em propriedades rurais do Texas em março.
Apesar dos registros da doença em seis estados, o USDA assegura que não há riscos para os consumidores em relação ao leite, pois o processo de pasteurização, obrigatório no país, elimina vírus e bactérias, garantindo a segurança do produto comercializado.
A influenza aviária também foi detectada em aves de uma propriedade da Cal-Maine Foods no Texas, obrigando a empresa a sacrificar quase 2 milhões de animais.
Apesar do incidente, a Cal-Maine Foods enfatiza que a doença não é transmissível por meio da ingestão de ovos, mantendo os produtos no mercado sem necessidade de recolhimento.
Luizinho Caron, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Suínos e Aves), explica que a transmissão do vírus em granjas de postura ocorre pelo ar e pela ingestão de secreções de aves contaminadas. Como medida de controle, recomenda-se o abate de todos os animais na área afetada para evitar a propagação do vírus.